Esta semana, o dólar atingiu sua maior cotação desde a criação do Plano Real, em 1994, ultrapassando a barreira dos R$ 4.
A moeda norte-americana fechou o dia 23 em R$ 4,1461. É maior cotação da história da moeda americana contra o real.
Até então, o recorde do câmbio, em valores de fechamento, havia sido em 10 de outubro de 2002, quando o dólar havia atingido a máxima durante a sessão de R$ 4,005, mas fechou abaixo dos R$ 4. Naquela ocasião, semanas antes do segundo turno das eleições presidenciais, os investidores do mercado financeiro temiam as implicações da possível vitória do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.
Não muito diferente, hoje, a valorização do dólar se dá em contexto político tenso e economia sem credibilidade.
Citando riscos aos planos fiscais do governo no curto prazo e a grande probabilidade de novos rebaixamentos da nota de crédito do Brasil, o Credit Suisse passou a projetar que o dólar atinja R$ 4,25 em três meses e R$ 4,50 em 12 meses, contra R$ 3,65 e R$ 4,10 reais, respectivamente.
Entre as 32 principais moedas do mundo, o real é a que mais perdeu valor contra o dólar no ano.
Dólar turismo
Nas casas de câmbio, o dólar turismo já passa dos R$ 4,60 no formato de cartão pré-pago, com o IOF de 6,38% incluído, e a R$ 4,39 em espécie.Gastos no exterior
A disparada do dólar, logicamente, interferiu nos gastos dos brasileiros no exterior. Segundo dados divulgados, no dia 22, pelo BC, essas despesas caíram 46,2% em agosto, frente ao mesmo mês do ano anterior, para $1,26 bilhão de dólares. Com informações do “G1”.