Dólar fecha em alta de 0,42% em dia de poucos negócios com feriado nos EUA

Por Gazeta Admininstrator

O dia foi de poucos negócios no mercado de câmbio brasileiro hoje, por conta do feriado dos Estados Unidos (Dia da Independência). O dólar fechou em alta de 0,42%, a R$ 2,367 na venda, depois de subir mais de 1%.

De acordo com analistas, o câmbio movimentou menos de US$ 900 milhões hoje. Em dias normais, o volume de negócios gira em torno de US$ 2 bilhões.

"Com o feriado em Nova York, o nosso mercado ficou muito pequeno", disse José Roberto Carreira, da corretora Novação.

A alta na moeda norte-americana em relação ao real, segundo Júlio César Vogeler, da corretora Didier Levy, acompanhou o movimento do dólar em outros mercados. O euro, por exemplo, caiu para o menor valor em mais de um ano, ao fechar a US$ 1,19.

Segundo analistas, o dólar teve valorização devido à alta dos juros dos EUA, de 3% para 3,25% ao ano, promovida pelo Federal Reserve (Fed, o BC americano) na semana passada, e aos indicadores econômicos daquele país, como a deflação de 0,1% em maio nos preços ao consumidor, e de 0,6% na inflação no atacado.

O PIB (Produto Interno Bruto, soma de toda a riqueza produzida por um país) também foi um dos dados positivos da economia americana divulgados nos últimos dias, registrando crescimento de 3,8% no primeiro trimestre deste ano.

O avanço do petróleo também influenciou as decisões de negócios hoje no câmbio.

Embora a Bolsa Mercantil de Nova York (onde se negocia o barril de petróleo) não tenha funcionado nesta segunda-feira, a commodity continuou subindo em Londres, com o barril novamente próximo dos US$ 60.

No cenário doméstico as atenções continuam voltadas para a questão política.

Documentos oficiais do Banco Central reproduzidos na revista "Veja" mostram que o PT fez um empréstimo de R$ 2,4 milhões em 2003, que foi avalizado e ainda teve parcelas em atraso pagas por Marcos Valério Fernandes de Souza --cujas empresas de propaganda atuam junto a estatais e que já faturaram mais de R$ 140 milhões de reais em contratos de prestação de serviço.

O empréstimo feito pelo PT ocorreu em 2003, no banco mineiro BMG. Além de Valério, o presidente do PT, José Genoino, e o tesoureiro do partido, Delúbio Soares, assumiram a condição de avalistas.

Além disso, reportagem exibida neste domingo pelo "Fantástico", da Rede Globo, afirma que o suposto pagamento de mesadas pelo governo se estende ao PMDB e que o líder do partido na Câmara, José Borba (PR), era responsável por receber e distribuir o dinheiro.