Dólar registra seu valor mais baixo desde março de 2001.

Por Gazeta Admininstrator

Analistas avaliam que tendência de queda do dólar é evidente, porém temem que decisão da Bolívia de nacionalizar o setor de hidrocarbonetos possa afetar mercado no futuro.

A cotação da moeda norte-americana registrou queda no quarto dia consecutivo. Nessa última terça-feira(2), em meio ao contínuo ingresso de capital no país, encerrou o dia com a menor cotação desde março de 2001, a R$ 2,06, com baixa de 1,34%.

A bolsa continua bem. Os juros do EUA estão praticamente estáveis. De acordo com o gerente de câmbio do banco Prosper, Jorge Knauer, se forem observados os fundamentos, balança comercial, fluxo financeiro, inflação controlada, realmente o dólar tem tendência clara de registrar mais queda.

Para o gerente de câmbio de um banco nacional, que não quis ser identificado, o rompimento da barreira psicológica de R$ 2,10 na última sexta-feira(28/04) também contribuiu para que a moeda norte-americana aumentasse a curva de declínio ocorrida ontem.

Segundo analisou o gerente “tinha muito exportador que parava de vender dólar quando chegava em R$ 2,10 porque sempre voltava. Mas agora o exportador está tendo que vender porque está vendo que no curto prazo não tem como subir”.

A influência da medidas anunciadas, nesta segunda-feira (1), pela Bolívia que decidiu nacionalizar o setor de hidrocarbonetos do país, ainda não incidiu sobre o câmbio. Porém é motivo de atenção, disseram os analistas.

Knauer, do Prosper, ponderou que a medida pode abater as exportações brasileiras caso ocorra uma alta no preço do gás, já que a matéria-prima é bastante usada por exportadores. O diretor de câmbio da corretora Novação, Mário Battistel, citou ainda que uma possível escassez do produto afetaria as indústrias brasileiras em geral.