Após quatro anos desde sua primeira passagem pela Seleção Brasileira, Dunga volta a ocupar o posto de técnico. O anúncio foi feito oficialmente pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no dia 22.
Para o presidente da entidade, José Maria Marin, a escolha de Dunga é justificável pelos bons números em sua primeira passagem, que foi considerada vitoriosa pelos dirigentes. Porém, em 4 de julho de 2010, a saída de Dunga foi marcada por uma demissão por telefone, dois dias após a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul para a Holanda.
“Atleta que foi capitão de uma seleção campeã, foi campeão do mundo, mostrou capacidade para dirigir a Seleção Brasileira, demonstrada através de números e não apenas de palavras, que possui todos os requisitos e que possui toda a capacidade para dirigir a seleção brasileira”, defendeu Marin.
Quando contratado pela primeira vez, Dunga dirigiu a equipe brasileira por 60 jogos, conquistando 42 vitórias, 12 empates e apenas seis derrotas.
De volta ao comando, o técnico diz estar mais calmo e, em um momento em que o torcedor implora para que o estilo brasileiro volte às origens e se jogue o futebol arte, o novo treinador deixou claro que pensa um pouco diferente.
“A gente fala de futebol arte, mas o que é futebol arte? O goleiro fazer uma defesa, o zagueiro roubar uma bola é uma arte. Não vamos encontrar um Pelé toda hora. O Pelé é um mito. Um ídolo a gente não se cria, um ídolo vai criando seu espaço com resultados todos os dias. Temos que aliar talento ao trabalho e humildade”.
Dunga reconheceu que o Brasil perdeu espaço entre as potências do futebol, mas afirmou que acredita que a seleção tem capacidade de voltar a ser exemplo.
“Nós não podemos achar que somos os melhores. Já fomos os melhores e nós temos que resgatar isso. Nós temos talento para isso, mas não podemos esquecer que as outras seleções trabalharam para chegar até onde chegaram e a gente tem que trabalhar arduamente para chegar nisso. Não podemos vender uma ilusão aos torcedores que as coisas são fáceis, será um trabalho muito duro”, destacou. Com informações do “R7”.
Amistosos
Em sua volta à Seleção, Dunga terá quatro compromissos neste segundo semestre. Em 5 de setembro, o Brasil fará amistosos contra Colômbia, no SunLife Stadium, em Miami. Já no dia 9 do mesmo mês, enfrenta o Equador, em New Jersey. Em 11 de outubro, o adversário será a Argentina, em Pequim, na China. Por fim, em 12 de novembro, haverá um duelo com a Turquia, em Istambul. A primeira competição oficial será a Copa América de 2015, no Chile.