Essa é uma dúvida recorrente, surge na mente de boa parte dos meus clientes. Chegam aqui na América, meio que sem saber o que fazer e recebem de todos os lados ofertas de negócios à venda.
Corretores de imóveis, advogados, consultores, manicures, açougueiros, enfim, gente de todo tipo sempre querendo fazer uma graninha extra se mete a querer “ajudar” os recém-chegados, empurrando alguma bomba para o colo deles.
Obviamente que não existe uma fórmula mágica que defina o que é melhor, mas uma coisa é certa, na verdade, duas: Não caia no papo de gente que diz ter uma “oportunidade única” para te ajudar. Confie neles como você confia numa nota de três dólares ou... em Dilma. O outro ponto é bem mais simples: quem vende barato um negócio muito lucrativo? Bem, reza a lenda que nem a finada Madre Teresa de Calcutá.
Negócios que vão bem podem até ser negociados, mas nunca a preço de banana. Todo cuidado é pouco! Posso até dar uma opinião, normalmente sou pago para isso, entretanto, não dá para ser taxativo. Deve-se se fazer uma boa análise antes de qualquer conclusão, ainda que eu seja a favor de se criar um negócio do zero.
O problema, muitas vezes, é que os brasileiros que chegam por aqui estão empolgados e saem comprando qualquer coisa para que possam – na cabeça deles –, começar a faturar logo. Nem sempre é o que acontece, infelizmente.
Em negócios, temos que ter paciência. Há o tempo de maturação e muitos empreendedores de primeira viagem se esquecem disso ou pior, nunca imaginaram dar esse tempo para que tudo entre nos eixos. Em outras palavras, foram mal assessorados. Como disse acima, todo mundo tem um amigo que tem um amigo que tem um negócio espetacular para oferecer. Um negócio da China. Bem, negócios da China a gente faz na China.
Procure um consultor de negócios. Há diversos por aqui. Bons, ruins, enfim, use sua intuição ao analisar quem é o melhor em sua opinião.
O que não pode é fazer como um cliente que chegou a mim depois de ter comprado um business e ter se dado mal. Ele recebeu a indicação de um advogado e... perdeu em 6 meses algo em torno de $275 mil dólares entre a compra do negócio e os prejuízos. Enfim, advogados entendem de direito e não de negócios. Assim como não devemos dar palpites nas especialidades dos outros, não devemos ouvir conselhos de quem nada entende de business. Cada na sua.
O problema é que esse advogado em questão viu uma oportunidade de fazer um dinheirinho extra, e meteu o nariz onde não foi chamado. Nada contra as pessoas quererem ganhar comissões, estamos na América e isso aqui funciona assim. Mas sair oferecendo as coisas aos outros desse modo é muita irresponsabilidade, para não dizer safadeza, porque hoje estou fofo.