É preciso fazer alguma coisa...

Por Dr. Lair Ribeiro

tiro

Quando a fantasia toma o lugar da realidade, estamos diante de um problema. Se o indivíduo passa a vida inteira fingindo que gosta de si, sem conseguir superar aquelas crenças negativas que absorveu quando pequeno, o problema pode ser sério. Nesses casos, a única solução é o indivíduo entrar em contato com a criança que tem dentro de si e dar a ela todo o cuidado, carinho e atenção de que ela necessita. Cuidando da autoestima Relaxamento: O relaxamento é fundamental para aumentar a autoestima. Na escola, nós aprendemos que o trabalho enobrece e faz bem à saúde. Isso é verdade. Há pessoas que trabalham muito e se queixam de estresse, mas o estresse pode ser positivo. Desde que esteja ligado à emoção de realizar coisas, o estresse traz energia. O problema surge quando o estresse é resultado apenas de preocupação e ansiedade: aí, ele é prejudicial. Nesse caso, ele nem se chama estresse — chama-se distresse.

Esse lado construtivo do trabalho é verdadeiro apenas quando permitimos que a nossa mente relaxe. Quando relaxamos, travamos contato com o inconsciente e deixamos que ele harmonize o nosso trabalho com a nossa finalidade de vida.

Quem só trabalha, vira um robô: acorda de manhã para trabalhar, come para trabalhar, dorme para trabalhar. É muito importante relaxar. Relaxando, você não se separa de si mesmo. É possível relaxar a qualquer hora, em qualquer lugar. Você só precisa saber que isso é necessário.

Existem diversas técnicas de relaxamento, e todas são válidas: respiração, músicas especiais, meditação, ioga, massagem, etc. Procure uma de que goste e pratique-a. Visualização Quando você faz uma visualização bemfeita, sua mente não distingue se o fato aconteceu de verdade ou se foi mentalmente criado. Existe uma experiência, feita na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, que ilustra bem este assunto. Observe:

Foram escolhidos trinta estudantes que nunca haviam atirado. Todos fizeram testes de tiro ao alvo e foram selecionados porque obtiveram a mesma média de acerto. Depois disso, eles foram divididos em três grupos, que treinaram da seguinte forma:

• O primeiro grupo treinou vinte minutos por dia, cinco dias por semana, durante seis semanas. • O segundo grupo, compareceu ao local de treinamento o mesmo número de vezes que o primeiro, mas apenas se imaginou atirando no alvo, fazendo com as mãos o gesto de atirar. • O terceiro grupo comparecia ao local dos treinos, mas ficava brincando à toa. Depois de seis semanas, os testes de tiro ao alvo foram repetidos: • O primeiro grupo, que havia treinado com revólver, melhorou 83%. • O segundo, que apenas visualizou os tiros e o alvo, melhorou 82%. • O terceiro, que ficou à toa, apresentou o mesmo desempenho anterior. Conclusão O revólver, usado no treinamento do primeiro grupo, serviu apenas como instrumento para manter a mente, assim como as mãos e os olhos, concentrada.