Economia turística do sul da Flórida mostra poucos sinais de recuperação

[caption id="attachment_203470" align="alignleft" width="273"] Imagem ilustrativa: Fort Lauderdale, Lance Asper, Unsplash.[/caption] O coronavírus atingiu duramente a economia do sul da Flórida. Há grandes chances de o dano ser a longo prazo, diferente do que se pensava originalmente. Isso se deve, pelo menos em parte, a uma dependência excessiva das indústrias relacionadas ao turismo. As viagens normais e a atividade econômica agora parecem estar a anos de distância para a região. Quando a economia vai bem, o turismo e os cruzeiros ajudam a tornar esta região um centro para viajantes de todo o mundo. Várias indústrias locais se alimentam umas das outras. Por exemplo, as companhias aéreas trazem viajantes para o sul da Flórida, que gastam tempo e dinheiro nos restaurantes, lojas e praias. Esses mesmos viajantes fazem cruzeiros que partem e terminam na região. Nas últimas semanas, muitas das principais companhias aéreas estrangeiras atrasaram a retomada dos voos para o sul da Flórida. Outros cancelaram completamente voos para a região. Isso inclui a transportadora de bandeira da Irlanda, Aer Lingus, que está encerrando o serviço de Miami em um futuro próximo, e a Emirates, a maior companhia aérea internacional do mundo, cancelando a retomada planejada para setembro do serviço para Fort Lauderdale. A retração econômica infligida pelo vírus em março e abril deveria ser temporária. No entanto, agora foi exacerbado pelo fracasso de grande parte do público em levar o vírus a sério. Na verdade, os enormes picos nos números de casos de junho e julho levaram as companhias aéreas a reconsiderar o serviço para a área e também dar uma pausa no inverno, quando há muitos visitantes em potencial. A percepção geral em todo o país é que a Flórida falhou em seus esforços para impedir a disseminação do Covid-19. Em vez de assegurar aos visitantes em potencial que todas as etapas foram tomadas para garantir a segurança, o governador DeSantis escolheu se envolver com a ficção. Suas respostas inconsistentes e mesquinhas aos dados públicos que mostram o aumento de casos tornaram o estado motivo de chacota. Isso ajudou a afastar potenciais visitantes. Brasil e Colômbia também afetam a economia A violenta pandemia de Coronavírus no sul da Flórida não é o único fator que afeta as viagens para a região. A incapacidade do Brasil ou da Colômbia de conter adequadamente a disseminação do vírus em seus países levou a alguns cancelamentos que ajudam a isolar o sul da Flórida, conectado economicamente a ambas as nações e em termos de comunidades étnicas locais. Avianca, Azul, GOL e LATAM reduziram os voos de Fort Lauderdale e Miami para a América do Sul, deixando um enorme buraco não apenas na economia turística, mas também na atividade econômica diária normal. Até que o Brasil e a Colômbia se recuperem do COVID-19, o sul da Flórida será impactado negativamente. A estrada de volta à prosperidade econômica no sul da Flórida, infelizmente, será mais longa do que se esperava há apenas alguns meses. Na Flórida Central, a crise não é diferente O maior empregador da região, a Disney, reabriu suas portas na metade de julho. A reabertura foi vista por muitos como o primeiro passo de volta à normalidade. Entretanto, a reabertura não significa uma retomada positiva na economia. Na primeira semana de agosto, a Disney confirmou que a receita que engloba parques, experiências e produtos caiu 85% no trimestre anterior, resultado do fechamento de meses. A empresa relatou um impacto colossal de US $ 3,5 bilhões na receita operacional dos parques. Em toda a Flórida Central, os visitantes dos parques temáticos relatam pouco movimento. A Disney afirma que, para seus parques, os níveis baixos de multidões são esperados. Mas, ao mesmo tempo, o resort continuou a expandir a disponibilidade de reservas dos parques, ao mesmo tempo em que realizava vendas diferentes de tudo o que se viu desde o período de 11 de setembro, incluindo ingressos extremamente raros de dois dias para residentes da Flórida com preços reduzidos. Esses descontos não impediram os hóspedes de cancelar suas férias, com funcionários da empresa confirmando um número maior do que o esperado de cancelamentos. Além disso, tanto a Disney quanto a Universal cancelaram seus eventos especiais extremamente populares com o tema de Halloween. Os cancelamentos são vistos como um golpe significativo para a economia da Flórida Central. Com informações do Boca Raton Tribune e Orlando Weekly.