Editorial: Flórida e as vantagens de um mercado imobiliário que prospera

Por Arlaine Castro

A Flórida é um dos estados mais procurados quando o assunto é investimento imobiliário. Seja comercial, residencial ou para lazer, as vendas de casas, salas comerciais e apartamentos estão em alta há anos, se comparado a outros estados dos Estados Unidos. O clima agradável, as belas praias e os grandes parques temáticos de Orlando estão entre os pontos fortes.

Por ser uma região repleta de turistas o ano todo e com uma forte presença de brasileiros e hispânicos em geral, além de norte-americanos, o mercado imobiliário da Flórida é um dos poucos que têm conseguido se sair bem da “crise da bolha” em 2008, época em que a compra e venda de imóveis diminuiu consideravelmente e abalou o setor em todo o país.

Ressalta essa positividade no mercado floridiano pesquisas realizadas por empresas que analisam o mercado imobiliário do país como um todo, como a Local Market Monitor, que apontou algumas regiões da Flórida que têm se destacado como mercados promissores desde 2012, quando houve desvalorização dos imóveis. Tal retorno se deve ao crescimento do emprego e o setor de construção, que têm impulsionado o valor dos imóveis e o mercado voltou a prosperar. Além disso, nos últimos anos, a valorização dos imóveis no estado se deu também pela possibilidade de financiar de forma prática um imóvel em até 30 anos com bancos ou direto com as construtoras.

Apesar da procura de brasileiros por imóveis na Flórida ter diminuído este ano, diante da crise econômica no Brasil, eles foram responsáveis por ajudar a alavancar o mercado nos últimos anos. No ano passado, mesmo diante da crise econômica no Brasil, foram investidos $6,2 bilhões em propriedades em 2016. Em 2015, o resultado foi parecido: $6,1 bilhões, de acordo com o último relatório sobre Compradores Estrangeiros de Imóveis divulgado pela Associação de Corretores de Imóveis de Miami.

No total, foram vendidas cerca de 10.885 residências em 2016, em comparação com as 10.678 de 2015, aumento de 1,9%. A pesquisa ainda elencou os principais países estrangeiros que compraram as propriedades, incluindo dados dos condados de Miami-Dade, Broward, Palm Beach e Martin County. No ranking dos principais compradores de imóveis no sul da Flórida, o Brasil (10%) é o terceiro principal e empata com a Colômbia, ficando atrás somente da Venezuela (15%) e Argentina (11%).

Assim como o turismo, o setor de compra e venda de imóveis no sul da Flórida tem impulsionado a economia. A expansão das vendas tem atraído mais investidores. Só em Miami, nos últimos cinco anos, 45 novos prédios foram construídos e 94% das 5.802 novas unidades colocadas no mercado foram vendidas. Também no sul da Flórida, as áreas de Deerfield Beach, Coconut Creek e Boca Raton, consideradas de classe média e bastante procuradas por brasileiros que vêm para morar e com filhos em idade escolar por terem as melhores escolas, estão com valores de imóveis em torno de $300 mil dólares. Tendo em vista os valores dos aluguéis e a facilidade de financiamento, as vendas ainda são consideradas um bom negócio.

Mais da metade de todas as vendas de imóveis efetuadas para estrangeiros no estado da Flórida (52%) ocorre em Miami-Fort Lauderdale-West Palm Beach, e a pesquisa ainda revela que quando se trata da região de Miami-Dade, o Brasil ainda responde por 15% das vendas, ficando em segundo lugar, atrás apenas da Venezuela (17%).

Com informações do site Panrotas.