EI sequestra 90 cristãos assírios e enjaula 21 peshmergas

Por Gazeta News

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Combatentes do grupo extremista Estado Islâmico sequestraram pelo menos 90 cristãos assírios, incluindo mulheres e crianças, em aldeias da região de Hasakah, no nordeste da Síria, esta semana. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, os raptos tiveram lugar numa área onde os “jihadistas” estão envolvidos em combates contra as forças curdas.

Há séculos os assírios vivem em diversos vilarejos espalhados pelas margens do rio Kabhur, que faz a ligação entre áreas controladas pelos curdos e aquelas nas mãos dos jihadistas do EI

Apoiadas pela coligação liderada pelos Estados Unidos, as milícias curdas lançaram, no dia 22, uma dupla ofensiva contra o Estado Islâmico, em coordenação com os combatentes peshmerga do vizinho Iraque, para tentar reconquistar a região fronteiriça, de grande importância estratégica.

Os ataques teriam provocado a morte a 1.600 pessoas desde que começaram há cinco meses, sendo a maioria ligada ao grupo terrorista. No ano passado, a minoria cristã assíria já tinha sido visada pelo grupo extremista, em represália à participação de membros da comunidade na luta contra o Estado Islâmico.

O grupo extremista ainda divulgou, no dia 22, um vídeo no qual expõe em jaulas 21 reféns  apresentados como peshmergas. No video, um homem de barba e turbante branco envia uma mensagem aos peshmergas, que segundo ele devem interromper os combates contra o EI. Adesões diminuem na Síria Pelo menos 54 pessoas se uniram no último mês ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria, o que representa o período com o menor número de recrutamentos desta organização desde que declarou um califado, no dia 28 de junho do ano passado, e dominou amplas áreas do norte e do centro de ambos países, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Durante os meses anteriores, centenas de pessoas se incorporaram ao EI. O mês no qual a organização jihadista conseguiu mais recrutamentos foi julho, quando pelo menos 6.300 novos combatentes aderiram, dos quais 5 mil eram sírios e 1.300 estrangeiros – entre os quais havia europeus, árabes, chineses e curdos. A maioria desses estrangeiros entrou na Síria pelo território turco. Fonte: EFE.