Uma operação de resgate foi interrompida depois que autoridades buscaram dois cubanos em um raio de 3.100 milhas nas águas do sul da Flórida. Outros 11 imigrantes foram encontrados a leste da usina nuclear Turkey Point, no sul de Miami-Dade e dois conseguiram nadar até a praia.
Enquanto realizava as buscas, o U.S. Coast Guard resgatou um novo grupo com 33 suspeitos imigrantes cubanos na costa de Boca Raton, no dia 29. Primeiro, um barco de madeira foi visto abandonado e depois um segundo foi encontrado superlotado na costa de Boca Raton.
No dia 27, bombeiros de Miami-Dade, a Guarda Costeira e civis em embarcações particulares realizaram buscas nas águas de Sands Key e Turkey Point com barcos, helicópteros e aviões em busca dos imigrantes do primeiro barco.
O grupo, composto por adultos, disse a policiais que deixou Cuba entre cinco e 10 dias atrás, em uma balsa improvisada feita de madeira e câmaras de pneu, e que quebrou em pedaços mais ou menos às 10pm de domingo. Vários dos homens foram encontrados agarrados a bóias.
No final do dia 27, cinco dos homens estavam a bordo do barco da Guarda Costeira, Robert Yered, e três outros foram retirados da água pelo corpo de bombeiros de Miami-Dade. Dois outros foram pegos por helicóptero, um foi resgatado perto de Fowey Rocks Light, e mais dois estavam sob a custódia das autoridades de imigração em Elliott Key.
Reencontro
Na manhã do dia 28, três dos imigrantes que nadaram até a costa estavam sob os cuidados da organização de caridade, Church World Services, e depois de serem questionados pela imigração, foram enviados para um hotel para descansar.Dos 13 homens, dois conseguiram chegar por conta própria à praia, e devem conseguir permanecer nos Estados Unidos com a ajuda da organização.
Um deles, Joel Moreno, de 39 anos, se reuniu com seu pai, Luis Felipe Moreno, de 60 anos, e disse que esta foi a sexta vez que tentou chegar à Flórida. Ele não o via há mais de 35 anos.
Os cubanos saíram de Cojimar, na costa norte da ilha, onde Moreno trabalhava como pescador. Os outros, a maioria em seus 20 e 30 anos, trabalhavam como motoristas de caminhão em cidades da região. Eles demoraram três dias para construir a embarcação e partiram no dia 19 de outubro. Em seis horas, eles já podiam ver as luzes de Key West, mas a gasolina acabou. Os homens começaram a remar, mas uma frente fria os empurrou para o alto-mar.
No segundo dia, a embarcação virou por causa de uma tempestade. Todos conseguiram retornar a bordo, mas eles ficaram sem comida ou água. No dia 26, a embarcação se rompeu e cada um se agarrou a um pedaço para flutuar. Um vigiava o outro para que não dormisse. Quando viu que não sobreviveria sem comida ou água, Joel resolveu nadar até a praia. Ele nadou por 12 horas aproximadamente dois milhas.
Francisco Figueroa, porta-voz da organização, disse que tem visto um aumento no número de jovens cubanos tentando fazer a viagem para os EUA com familiares e amigos.
A Guarda Costeira também disse que o número de imigrantes aumentou significativamente no último ano. De outubro de 2013 a outubro de 2014, mais de 3.900 imigrantes haitianos e 5.500 cubanos tentaram fazer a viagem.
Aqueles que não conseguiram chegar à praia devem ser enviados de volta a Cuba. Joel e o outro homem que chegaram à praia deverão conseguir permanecer por causa da política “pé molhado, pé seco”, na qual imigrantes cubanos que alcançam a praia geralmente conseguem a permissão de ficar no país. Com informações do “Local10 News” e “El Nuevo Herald” e “Yahoo”.