Em depoimento, doleiro diz que propina foi entregue na porta do Diretório Nacional do PT

Por Gazeta News

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O doleiro Alberto Youssef afirmou, em depoimento na Justiça Federal no dia 31, que as empresas Odebrecht e Braskem depositavam as propinas relativas ao esquema de corrupção da Petrobras no exterior. Os recursos teriam sido usados para alimentar as contas do PP e do PT. O doleiro também afirmou ter entregado, a pedido de fornecedoras da estatal, propina em dinheiro no seu escritório, na Zona Sul de São Paulo, e na porta do prédio do Diretório Nacional do PT, também em São Paulo.

“Eu cheguei a usar uma das empresas do seu Waldomiro (laranja de Youssef) para fazer uma operação para (a empresa) Toshiba onde eu pude, então, não só pagar o Partido Progressista (PP), mas também pagar o Partido dos Trabalhadores (PT). Foram dois valores de R$ 400 e poucos mil que foram entregues, a mando de Toshiba ao tesoureiro João Vaccari (Neto)”.

No interrogatório, Youssef reforçou ainda o pagamento a agentes públicos. Ele citou que a maior parte da propina operada por ele ia para os cofres do PP, por meio do ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa.

Youssef deu os nomes dos diretores da Odebrecht que autorizavam as operações do doleiro no exterior. “Era o senhor Márcio Faria, presidente da Odebrecht Óleo e Gás, o Cesar Rocha que era diretor financeiro da holding. Pela Brasken, que é do mesmo grupo, que o contato era o Alexandrino (Alencar)”.

Com relação a Andrade Gutierrez, o doleiro disse ter feito três operações com a empresa, uma no valor de $300 mil dólares envolvendo a Petrobras e duas operações de $150 mil dólares, sem envolver a estatal, mas que tratava de caixa dois.

As três empresas citadas negam as acusações.