Embaixador fala em recenseamento de brasileiros

Por Gazeta News

O embaixador Hélio Vitor Ramos Filho ao lado do presidente do BBG, Aloysio Vasconcelos.

“Embora não tenhamos certeza, a população brasileira no sul da Flórida é de aproximadamente 300 mil”, disse o embaixador brasileiro em Miami, Hélio Vitor Ramos Filho, durante o último almoço de negócios do BBG (Brazilian Business Group), realizado no dia 19 de abril, em Boca Raton. “A parcela desses brasileiros que mais me preocupa são os 30% que ainda estão em situação irregular com a imigração. A minha maior preocupação no dia a dia é o indocumentado”.

Durante o almoço, o embaixador falou sobre projetos e preocupações como a mencionada acima sobre os brasileiros indocumentados, durante menos de um ano no Consulado Geral do Brasil em Miami.

“Puxando sardinha” para o Consulado, nas palavras do embaixador em seu tom descontraído, é com orgulho que cita a continuidade que está dando ao projeto da gestão anterior, o Consulado Itinerante. “Quando realizamos os Consulados Itinerantes, vemos que há brasileiros em lugares da Flórida inimagináveis”, admira-se. “No ano passado, realizamos 32 Consulados Itinerante, e a meta para este ano é de realizarmos 35. Dado que um ano tem 53 finais de semana, só não podemos fazer mais pois isso influencia nas férias dos funcionários”.

O embaixador expressou a importância e sua vontade de fazer um recenseamento dos brasileiros no sul da Flórida, e solicitou assim a ajuda do BBG, que já realizou um survey no ano passado.

Educação Talvez por causa de sem envolvimento, em 2004, com a CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa), na qual foi ministro conselheiro e representante do Brasil junto na embaixada de Lisboa, o embaixador expressou particular interesse por um de seus projetos, o do ensino do português como língua de herança em escolas do sul da Flórida.

Existe aula de português para estrangeiros em toda a parte, em Miami, segundo o embaixador, mas não como língua de herança. “O Itamaraty sabe da demanda que temos aqui, para ensinar português a filhos de brasileiros”, disse. “Pais não querem que seus filhos percam o contato com a língua”.

Foi com esses dados que o embaixador citou os cursos de educação continuada concedidos pelo Itamaraty, que também enviará, no segundo semestre, dois professores doutores brasileiros para a Flórida International University e a Universidade de Porto Rico. “Nós temos essa vontade política e temos o compromisso para que esse assunto não saia de pauta”.

Ramos Filho ainda falou da visita da presidente Dilma aos Estados Unidos, e de sua passagem, em especial, pelas universidades de Harvard e MTI e a divulgação do programa “Educação sem Fronteiras”, que pretende dar bolsas de estudos para que 100 mil estudantes brasileiros ingressem em universidades estrangeiras nos próximos quatro anos. Desse total, 40 mil alunos devem vir para os Estados Unidos. “Queremos ajudar a vender as universidades da Flórida para este programa”.

Brasil é um favorito

Foi com orgulho também que falou do favoritismo da Flórida em relação aos brasileiros. “No ano passado foram 2 milhões de turistas”, disse. “Só se fala do Brasil aqui”. Ele citou ainda a abertura da fábrica da Embraer em Melbourne, na Flórida, no final de fevereiro, e as parcerias comerciais.

Parceria entre BBG e CCBU

Na mesma ocasião, o Brazilian Business Group (BBG), representado pelo seu presidente Aloysio Vasconcellos e o Centro Cultural Brasil USA (CCBU), representado por sua presidente Adriana Sabino, assinaram um Memorando de Intenções visando a integração e desenvolvimento das duas entidades.