Embargo americano a Cuba volta a ser condenado pela ONU

Por Gazeta News

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Com 188 votos a favor, três contra, e duas abstenções, a Assembleia Geral da ONU aprovou, no dia 12, uma nova resolução de condenação ao embargo econômico e comercial que os Estados Unidos impõem a Cuba há cinco décadas. As informações são da agência “EFE”.

De acordo com o presidente da Assembleia Geral, Vuk Jeremic, ao término de um debate que se estendeu por quase três horas, os três países que votaram contra a resolução foram Estados Unidos, Israel e Palau, enquanto as abstenções foram de Micronésia e Ilhas Marshall. Esta nova resolução de condenação da ONU já foi aprovada em 21 ocasiões.

Antes da votação, o ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, denunciou um “persistente recrudescimento” do embargo contra Cuba durante os primeiros quatro anos do governo de Barack Obama.

“É um ato de agressão e uma ameaça permanente contra a estabilidade de um país. É também uma grosseira violação das normas de comércio internacional, da livre navegação e dos direitos soberanos dos Estados”, indicou.

Os EUA afirmaram que “é um dos principais parceiros comerciais de Cuba” apesar do embargo e ressaltou que a resolução busca “um bode expiatório exterior à má situação econômica” da ilha, pela qual culpou as políticas do regime comunista.

Previamente, os países da América Latina e do Caribe fizeram uma nova chamada conjunta para pedir o final do embargo ao considerar que é contrário aos princípios da Carta das Nações Unidas e as regras do direito internacional.

O embargo foi imposto de maneira oficial em fevereiro de 1962, sob a administração do presidente John F.Kennedy, mas o governo americano já havia imposto algumas sanções em 1959, ano do triunfo da revolução cubana.