Emenda contra casamento gay não é aprovada pelos senadores norte-americano.

Por Gazeta Admininstrator

WASHINGTON – Os senadores norte-americanos foram a plenário nesta quarta-feira para votar uma emenda constitucional cujo objetivo era proibir o matrimônio entre homossexuais.

No entanto, mesmo com grande campanha feita pelo presidente George W. Bush a emenda não foi adiante.

Embora a maioria dos senadores tenham apoiado a emenda, os 49 votos a favor da proibição do matrimônio entre pessoas do mesmo sexo ficaram 11 sufrágios abaixo dos 60 requeridos para proceder uma votação final sobre a emenda.

Em 2004, uma outra emenda, similar, também não foi aprovada pelo Congresso. A diferença foi que na votação desta quarta-feira os republicanos perderam posição, já que tiveram um voto a menos do que na última seção, quando o resultado foi 50 a 48. Desta vez, o senador republicano pelo estado de New Hampshire, Judd Gregg, votou contra a emenda. Em 2004, votou a favor. Além disso, a ausência de um legislador republicano, que estava em viagem com o Bush, também representou um voto a favor a menos.

De olho nas urnas

Mesmo com essa derrota, alguns republicanos parecem estar satisfeitos com esta votação.

De acordo com especialistas, ela servirá para estimular o eleitorado mais conservador nas eleições legislativas de novembro, quando se renova parte do Congresso.

"Estamos construindo votos. Isto é o que falta para alcançar a maioria de dois terços", disse o senador republicano pela Luisiana, David Vitter, para resumir o sentimento de muitos legisladores que votaram a favor da emenda.

Para que esta reforma constitucional entre em vigor, é necessário o apoio de dois terços do Senado e da Casa dos Representantes, além de ter que ser ratificada por pelo menos 38 dos 50 estados.

Ainda assim, os republicanos estão decididos a não abrir mão deste assunto que lhes pode render alguns votos, especialmente agora que tanto Bush como seu partido estão com baixos índices de popularidade.

O líder da maioria na Casa dos Representantes, John Boehner, de Ohio, anunciou sua intenção de levar a emenda a votação nesta instância no próximo mês