Emocionado, Obama se despede do povo americano e cita desafios

Por Daniel Galvão

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[caption id="attachment_134898" align="alignleft" width="300"] Obama se despediu do povo americano. Foto: Flickr[/caption]

Ele não é uma unanimidade, mas, sem dúvida, entra para a história mundial como um dos presidentes mais carismáticos dos EUA. Na noite desta terça-feira, 9, Barack Obama fez seu discurso de despedida do povo americano, em Chicago, para mais de 20 mil pessoas que lotavam as dpeendências do centro de convenções McCormick Place, o maior da América.

Bastante emocionado, Obama pediu aos americanos que se unam para lutar contra os desafios que ameaçam a democracia do país. Transmitido para todo os EUA, o discurso do ainda presidente alertou o povo que uma mudança nos rumos da nação só ocorre "quando as pessoas comuns se envolvem para exigi-la".

Em alguns momentos, os aplausos a Obama soaram tão alto que ele teve de interromper o discurso e se esforçar para continuar. Aliás, o presidente preferiu olhar mais para o futuro que pontuar os feitos conquistados por seu Governo ao longo dos últimos 8 anos. Obama citou os desafios raciais, políticos e econômicos existentes como os principais.

"Depois de oito anos como presidente, eu ainda acredito nisso", frisou, enfatizando ainda não se tratar de uma crença apenas. "É o coração palpitante da nossa ideia americana - a nossa ousada experiência de autogoverno", completou.

Obama reconheceu que sobre as questões raciais, apesar do que chamou de 'progresso significativo nesse tema nas últimas décadas', ainda há muito o que se fazer. Ele destacou ainda outras áreas que necessitam de atuação contínua.

"Temos de defender as leis contra a discriminação, na contratação [trabalhista], na habitação, na educação e no sistema de justiça criminal. Isso é o que exige nossa Constituição e os ideais mais elevados. Mas as leis sozinhas não serão suficientes. Os corações precisam mudar ", disse.

A defesa dos direitos de outras minorias que vivem no país também mereceu destaque no discurso de despedida do presidente. Segundo ele, o desafio é significa 'amarrar' as lutas pela Justiça aos problemas que muitas pessoas enfrentam nos EUA.

"Não apenas os refugiados, os imigrantes, os pobres rurais, os transgêneros americanos, mas também os de meia-idade. O homem branco, de fora, pode parecer que tem todas as vantagens, mas ele viu seu mundo revirado por mudanças econômicas, culturais e tecnológicas", resumiu.

O presidente também se emocionou ao agradecer o apoio da família e citar suas filhas e a primeira-dama, Michelle Obama. E como não poderia deixar de ser, Obama encerrou o discurso repetindo a frase que o consagrou em sua primeira campanha eleitoral: "Sim, nós podemos (Yes, we can)".