Empresas da Flórida entram na fase 2 recontratando funcionários

Por Joao Freitas

O cassino, em Seminole, reabriu na sexta, dia 12, com 3.200 funcionários prontos para atender os clientes. Parece muito, mas algumas centenas de funcionários do cassino continuam em casa esperando uma oportunidade para retornar ao trabalho. Da mesma forma, outras empresas estão na mesma expectativa, aguardando para ver como os consumidores vão reagir ao mundo pós pandemia. Milhares de empregadores estão recontratando apenas o mínimo necessário para operar. Mesmo com o governador autorizando a reabertura de lojas, milhares de pessoas em idade produtiva se perguntam quando vão receber outro contracheque. Setores da economia da Flórida estão cautelosamente otimistas com o retorno da atividade econômica no curto prazo. Aberto, mas com 50% dos funcionários  Restaurantes e varejistas estão recontratando, mas as regras de distanciamento social obrigatoriamente limitam a quantidade de pessoas que um funcionário pode atender. Os lojistas estão com capacidade de operação de apenas 50%, então eles não precisam ainda de pelo menos metade dos funcionários que tinham no ano passado. Os hotéis ainda não sabem quantos quartos poderão disponibilizar porque não sabem qual será o fluxo de turistas na cidade. Mas alguns já conseguem ver luz no fim do túnel. “Meus dois restaurantes já estão no mesmo patamar que estávamos ano passado, mesmo com 50% das cadeiras disponíveis”, informa Heiko Dobrikow, gerente dos restaurantes do Hotel Riverside, em Fort Lauderdale ao Sun Sentinel. Mas a grande maioria dos hotéis ainda não sabe quantos quartos devem disponibilizar até ter uma noção melhor do número de turistas. Consequentemente, apenas alguns funcionários que foram demitidos voltaram à ativa. Dobrikow, por exemplo, recontratou apenas 34 dos 160 funcionários que tinha no hotel no ano passado, a maioria dos 34 eram os que trabalhavam nos restaurantes. De acordo com a American Hotel and Lodging Association, a metade dos postos de trabalho do setor foram extintos pela pandemia. Aéreas – a maior parte das companhias aéreas recebeu muitos milhões de dólares em empréstimos ou algum tipo de auxílio que as obriga a manter os funcionários ate o fim de setembro. A pesar do aumento de voos passageiros em relação ao início da pandemia, a maioria espera reduzir o número de funcionários e colaboradores. Os funcionários da Delta Airlines, por exemplo, receberam uma mensagem anunciando ofertas para antecipação das aposentadorias a em se enquadra no critério. Auxílio desemprego, continuidade do seguro saúde para desligamento voluntario além de benefícios em viagens também estão no pacote de incentivos. Cruzeiros  As empresas de cruzeiro não têm expectativas muito ambiciosas de recontratação até o fim do ano. O planejamento é ver a reação dos clientes sobre viajar com as novas políticas de higiene do governo. A Carnival Cruise, empresa daqui da Flórida, que demitiu centenas de funcionários, anunciou que volta a operar dia 1° de agosto e ainda não sabe exatamente quantos funcionários serão necessários. “Ainda é prematuro e especulativo nesse momento determinar se sequer vamos conseguir voltar a operar em agosto”, informou, Roger Frizzell, porta voz da empresa. Já micro-empreendedores, alguns varejistas e construtoras estão com outro tipo de dificuldade. De acordo com o National Federation of Independent Business, os funcionários dessas empresas preferem não ser contratados formalmente porque ainda estão recebendo o auxílio-desemprego do governo. Com informações do Sun Sentinel.