Empresas de cigarros dos EUA cumprem decisão judicial após 11 anos

Por Gazeta News

[caption id="attachment_89765" align="alignleft" width="340"] Empresas terão que veicular mensagens sobre o risco para a saúde. Foto: Pixabay.[/caption]

Grandes empresas de cigarro cumpriram uma sentença da justiça americana e passaram a veicular no último domingo, 26, uma série de anúncios que advertem para os riscos que o fumo representa para a saúde. A ordem judicial foi dada em 2006, mas as empresas recorreram para alterar partes do texto e as mensagens só começaram a ser transmitidas 11 anos depois.

As mensagens serão veiculadas em canais de TV e jornais impressos. Por cinco domingos durante um ano, a ordem judicial obriga as empresas a comprarem uma página inteira nos 50 jornais mais importantes do país, como "The Washington Post" e" The New York Times", e também a emitir 260 anúncios de TV ao longo de doze meses nas principais redes nacionais, como ABC, CBS e NBC.

A indústria de cigarro investe todos os anos cerca de US$ 8 bilhões para promover seus produtos e, em novembro de 2006, uma corte federal dos Estados Unidos chegou à conclusão de que as companhias que fabricam e distribuem tabaco fizeram um acordo para mentir e enganar os consumidores a respeito dos riscos do tabagismo e ordenou, na ocasião, que empresas como R.J. Reynolds e Philip Morris difundissem na TV e na imprensa escrita mensagens para "corrigir suas mentiras".

O anúncio diz que "Fumar mata, em média, 1.200 americanos. Todo dia" e "Fumar mata mais gente a cada ano do que o assassinatos, a aids, os suicídios, as drogas, os acidentes de carro e o álcool combinados".

Mortalidade pelo cigarro

O tabagismo é a principal causa de mortalidade e de doenças evitáveis nos Estados Unidos, sendo responsável por 480.000 óbitos ao ano.

Em 2015, o percentual de fumantes adultos caiu para 15%, o menor já registrado, segundo os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês). Na década de 1960, 42% dos adultos fumavam.

Esta forte queda se deve, sobretudo, aos impostos cobrados sobre o tabaco, às campanhas de publicidade contra o tabagismo e às restrições que limitam anúncios destinados aos jovens.

Com informações do Washington Times.