ENEM

Por Marcelo Mello

Estou pasmo. Indignado. Triste. O motivo de minha quase raiva é o ENEM, aquele exame que os brasileiros fizeram no último fim de semana para admissão nas universidades.

As questões comunistinhas são de arrepiar. É isso que os adolescentes estão aprendendo nas escolas? Estão mesmo fazendo uma lavagem cerebral em nosso futuro? Sim, é o que estão tentando. E me perdoe se você, caro leitor, tem viés de esquerda. Pare de ler já essa coluna porque meu viés é de direita.

Sou capitalista raiz, sou pela meritocracia, sou pelo trabalho, sou pelo progresso. Gosto de nivelar as coisas por cima e não por baixo. Ah, não é disso o que se trata? Pois faça uma análise mais profunda e verá que os esquerdistas são todos uns aproveitadores do trabalho alheio. Sou veementemente contra todo e qualquer tipo de assistencialismo populista e eleitoreiro.

Me preocupa que no Brasil as pessoas estão cada vez mais procurando o comodismo e não a produtividade. Sim, é o que está acontecendo, um exemplo disso é o crescimento da procura por concursos públicos que ocorreu nos últimos anos. A busca não é pelo crescimento e desenvolvimento da nação, é pela mamadeira, se é que me entendem.

O país está chafurdando em atraso e os jovens querem nada mais nada menos do que estabilidade às custas dos pobres infelizes cidadãos que pagam impostos sem nada obter em contrapartida, graças às leis tortas, graças às leis trabalhistas que apenas, e tão somente,  colocam em barricadas opostas trabalhadores e patrões, quando sabemos que um não sobrevive sem o outro.

Desde que me conheço por gente, vi esse nacionalismo safado e sem sentido afundar meu país. As instituições estão acabando, sendo desrespeitadas e a tal Pátria Educadora da inepta e falastrona presidente Dilma nada mais é do que um laboratório de doutrinação esquerdista. Uma vergonha que vem de longe e só se acentuou com o Lulismo.

Qual será o futuro dos que se permitirem iludir? Qual será o futuro da nação se os jovens não reagirem? Que tipos de negócios e empresas o jovem empreendedor brasileiro vai criar quando se formar? Que tipo de trabalho vão executar? Ou será que muitos querem apenas emprego e não trabalho?

Quando eu fiz cursinho pré-vestibular, lá no início dos anos 80, um professor de história convidou para uma palestra o escritor e autor teatral, Plínio Marcos, um comunista sem vergonha tido como “intelectual”. Pedi educadamente para sair da sala e o professor perguntou o porquê. Respondi-lhe com todas as letras:

- Não suporto comunistas e meu pai não paga uma mensalidade absurdamente cara numa escola particular para que eu escute bobagens que saem da boca de quem come capitalismo e arrota comunismo.

Publicamente, agradeço a meu pai por ter me ensinado a diferença entre trabalho e emprego, por ter passado à frente os valores corretos. À minha mãe, agradeço pelo DNA da indignação, da personalidade forte que me fez, desde muito cedo, reagir aos absurdos.

O Brasil está morrendo por falência múltipla de órgãos.