Entenda os novos rótulos dos protetores solares

Por Gazeta News

sunscreen

Pela primeira vez, os efeitos do sol sobre a pele foram comprovados cientificamente. Um estudo australiano, publicado recentemente nos Annals of Internal Medicine, mostrou o real efeito dos raios solares na aparência da pele. A conclusão é que pessoas que usam regularmente protetor solar podem retardar ou mesmo impedir, por um tempo, o desenvolvimento de rugas e flacidez. Mesmo sendo tão óbvio e esperado, o resultado consegue chamar, ainda mais, a atenção para os cuidados necessários com o maior órgão do corpo, faça calor ou frio.

De acordo com a pesquisa, quem usou protetor solar todos os dias durante quatro anos e meio tinha visivelmente a pele muito melhor do que aqueles que simplesmente continuaram com seu uso ocasional.

Mais importante do que o fator e proteção é a quantidade aplicada na pele. As pessoas aplicam na pele entre 0,39 mg a 1,03 mg por centímetro quadrado, quantidade muito inferior à recomendada de 2 mg. O jeito é exagerar, reaplicar a cada duas horas em caso de atrito ou contato com a água e não esquecer que o sol, mesmo no inverno, está sempre ali.

Novos rótulos

Esse é o primeiro verão que as novas exigências do Food and Drug Administration entraram em efeito. As novas regras afetam produtos que carregam um número de fator de proteção solar (SFP, na sigla em inglês), incluindo não só os protetores solares como também maquiagens, cremes hidratantes e protetor labial. O que há de novo? - Declaração “broad spectrum” tem que ser garantida por testes. As novas regras vão deixar claro para os consumidores se os filtros solares são de “amplo espectro”, o que significa que protegem contra UVB e UVA. Todos os produtos de proteção solar protegem contra os raios UVB, que são a principal causa de queimaduras solares. Mas os raios UVA também contribuem para o câncer da pele e envelhecimento prematuro. Agora, apenas produtos que passam o teste podem ser rotulados de “amplo espectro”. - Baixo SPF deve incluir um aviso. Protetores solares com FPS inferior a 15 agora devem também incluir um aviso. Lê-se: “Alerta de Câncer de Pele/Envelhecimento da Pele: Passar tempo ao sol aumenta o risco de câncer de pele e envelhecimento precoce da pele. Este produto serve apenas para ajudar a prevenir as queimaduras solares, não o câncer de pele ou envelhecimento precoce da pele”. Esta mesma advertência deve aparecer em protetores solares que não são amplo espectro. - “Resistente à água” não significa “à prova d’água.” Nenhum protetor solar é impermeável ou “à prova de suor” e os fabricantes não estão mais autorizados a afirmar que eles são. Se o rótulo frontal de um produto faz reivindicações de ser resistente à água, ele deve especificar se tem a duração de 40 ou 80 minutos ao nadar ou suar. - Os produtos não podem prometer demais. Protetores solares não podem declarar proteção instantânea ou proteção por mais de 2 horas sem reaplicação. Eles não podem usar o termo “sunblock”.