A roda da abundância — Parte III

Por

Lair Ribeiro

Agradecer. Costumo dizer que a gratidão é a mãe de todas as virtudes. Não digo isso porque a frase é forte e causa efeito, mas porque é a mais pura verdade.

A gratidão é como o sistema de realimentação de um processo cibernético. Ao colocar 21ºC no controle de um aparelho de ar-condicionado, você coloca inteligência em uma máquina.

Sempre que a temperatura ultrapassar os 21ºC na sala onde estiver o ar-condicionado, este iniciará o processo de resfriamento; e sempre que a temperatura da sala cair abaixo dos 21ºC, este irá interromper o processo de resfriamento, mantendo a sala na temperatura determinada.

A temperatura da sala é a realimentação (feedback) para o bom funcionamento do ar-condicionado. E a gratidão é a realimentação para continuarmos recebendo aquilo que nos deixa satisfeitos.

É comum ouvirmos as pessoas dizerem que não conseguiram o que queriam ou que perderam o que tinham. Raramente as escutamos dizer que gostariam de ter determinada coisa e a conseguiram ou que não gostariam de outra e, realmente, não a têm...

Se você quer mais daquilo de que gosta, agradeça mais por aquilo que você tem. E aprecie aquilo que você tem para obter aquilo que você quer!

Quando a roda da abundância é impulsionada pelos atos de declarar (declarações têm o poder de mudar a realidade se feitas com autoridade), solicitar (só recebe quem solicita) e arriscar (quem arrisca, confia, e é retribuído por isso), ela está girando a seu favor.

E, quando a roda gira a seu favor, você não precisa mais fazer tanto esforço, pois o movimento se torna natural. Certo?

— Quase certo! Falta ainda fazer a sua parte. É preciso agradecer ao Universo.

Vamos pensar em um exemplo. Você gosta muito de alguém e lhe dá um presente.

A pessoa recebe o presente, guarda e não fala nada.

Você dá outro presente e, igualmente, a pessoa guarda sem falar nenhuma palavra, mais uma vez. Você repete o gesto amável mais uma vez e, novamente, não tem qualquer manifestação da pessoa.

O que você faz? Você pára então de dar presentes para aquela pessoa.

Ou pior: você se recusa a continuar sendo gentil para com ela e a prestar-lhe qualquer favor, por menor que seja.