Descubra 5 curiosidades sobre tatuagem

Por Arlaine Castro

A arte de tatuar guarda algumas histórias e características interessantes, descubra algumas delas.

Existem registros de tatuagens em corpos que datam da Era do Gelo, milhares de anos atrás. Antigamente, acreditava-se que elas eram usadas como símbolos culturais, religiosos e até mesmo como forma de curar dores locais. Hoje em dia, tornaram-se extremamente difundidas em vários cantos do planeta, mobilizando diversos amantes dessa arte tão antiga. Neste texto vamos te contar cinco incríveis curiosidades sobre tatuagem que talvez você não soubesse e que podem te inspirar a ter ideias de tattoo!

Diferentes substâncias para tatuar

Hoje em dia, as tintas utilizadas para fazer tatuagem são absolutamente seguras, tendo passado por diversos testes de qualidade e segurança. Mas nem sempre foi assim. O hábito de se tatuar é milenar, e obviamente não existia isso nos primórdios da tatuagem. As primeiras artes eram feitas com cinzas e até mesmo óleo, que era injetado na pele.

Também sempre foi comum o uso de minerais e metais encontrados naturalmente no planeta. Cada um deles inclusive poderia gerar desenhos de diferentes cores. Enquanto níquel pode tatuar em preto, titânio produz uma tinta branca e cobre pode oscilar entre o azul e o verde. Há inclusive registros do uso de substâncias tóxicas para esse propósito, como mercúrio e chumbo.

Até hoje, alguns metais ainda são utilizados nas tintas modernas, como lítio, por exemplo. Hoje em dia, porém, a maioria das tintas utiliza materiais como glicerina vegetal, carbono, extrato de flores e plantas e até mesmo materiais provenientes de cascas de árvores. Isso é uma curiosidade sobre tatuagem que pode agradar aqueles que se preocupam com a causa animal, já que antigamente muitas tintas tinham origem de ossos e outras partes de bichos.

Mas talvez a técnica mais curiosa e fora do padrão é uma popular nas prisões russas, onde existe uma forte tradição simbólica de tatuagens. Por conta da proibição de fornecimento de tinta para os prisioneiros, eles improvisaram.

Uma técnica popular era queimar pedaços de borracha até que virasse um pó, que eles misturavam com álcool, ou até mesmo urina, que é antisséptica. Para fazer a cor há relatos de uso de mel, por exemplo. Nem é necessário dizer que essa técnica não é das mais recomendadas, podendo causar problemas sérios na pele e infecções graves.

Thomas Edison meio que inventou a máquina de tatuagem elétrica

Famoso por ter inventado a lâmpada, o inventor Thomas Edison também foi essencial para o surgimento da máquina de tatuagem moderna. O americano inventou em 1876 o que ele chamou de caneta elétrica. É bem verdade que o objetivo inicial era muito diferente, mas foi o estopim para o dispositivo que usamos hoje em dia para tatuar.

A ideia era copiar uma imagem em diversos outros papéis, passando a caneta, que realizava os movimentos de pontuar por cima de uma figura e perfurar os outros estêncil abaixo. O plano acabou não dando muito certo, mas um tatuador de Nova Iorque, chamado Samuel F. O’Reilly repensou o uso e inseriu agulhas na ponta do mecanismo para criar a primeira máquina elétrica de tatuagem.

Tatuagens se popularizaram entre os marinheiros para se proteger de uma famosa assombração

Essa superstição começou com os marinheiros dos séculos XVIII e XIX. Havia uma lenda na época sobre um navio fantasma chamado Holandês Voador, cujos marujos tinham desafiado o oceano e os poderes deste o condenaram a ter que navegar para sempre. A embarcação então passou a aterrorizar os outros navios, os atacando sem deixar sobreviventes.

O pânico com a história se espalhou entre os marinheiros. Como eles navegavam por todo o mundo, estes passaram a ter contato com diversas culturas ao redor do planeta, muitas das quais tinham nas tatuagens uma forma de amuleto de proteção. Eles então passaram a se apropriar desta cultura, realizando uma tatuagem antes de embarcar para evitar um encontro com o temido Holandês Voador. Ao chegar no destino, eles realizavam uma segunda tatuagem antes de voltar e, finalmente, uma terceira quando retornavam.

Portanto, quanto mais tatuagens alguém tinha, significava o sucesso em diversas pernadas de navio ao redor do planeta e o sucesso nas empreitadas. Muitos acreditam que esse foi o início de uma massificação das tatuagens no mundo ocidental. Não à toa, até hoje navegação e o estilo de desenhos da época são sucesso entre os amantes dessa arte.

Existem (poucos) lugares onde fazer tatuagem é ilegal

Algumas culturas, principalmente religiosas, como o islamismo e o judaísmo, não veem as tatuagens com bons olhos. Os mais ortodoxos dessas crenças enxergam a arte como algo que profana o corpo e por isso a reprovam. Porém, a maioria dos lugares não vai tão longe ao ponto de proibir que seus cidadãos façam uma tatuagem.

Existem, entretanto, exceções: o Irã, a Turquia, a Arabia Saudita, o Afeganistão e os Emirados Árabes Unidos. Esses são os países do planeta onde realizar o procedimento é considerado ilegal.

Há também países onde você pode se tatuar, mas com restrições. Na Coreia do Norte, por exemplo, desenhos religiosos ou que afrontam o partido comunista são proibidos, enquanto na Dinamarca não se permite tatuar o rosto.

A cor mais fácil de ser removida é o preto

Talvez uma das curiosidades sobre tatuagem mais contraintuitivas seja a de que preto é a cor mais fácil de ser removida. A ciência por trás do procedimento é que o raio laser utilizado quebra o pigmento da tinta na pele da pessoa. Aí entra a questão do espectro das cores. Como o preto é na verdade a ausência de cor e não uma coloração, isso significa que ele absorve todas as frequências, portanto o laser é muito mais eficaz, já que nenhum espectro se perde.

Em tatuagens coloridas, a cor que você enxerga nada mais é do que a frequência correspondente sendo refletida. Isso acontece também com o laser, o pigmento reflete parte dele, tornando sua incidência menos eficiente e, portanto, mais difícil de ser removido. Verde e amarelo são as cores que mais dão trabalho para serem apagadas.