Celso Sabino defende cassinos para impulsionar o turismo
Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que autoriza cassinos, bingos e jogo do bicho em espaços físicos, seguindo regras específicas; veja os detalhes
O Brasil segue aguardando uma decisão sobre a liberação dos cassinos físicos em seu território. Com a regulamentação das apostas online já em vigor, cresce a pressão para que o tema avance, e a expectativa é de que haja uma definição até o fim de 2025. Enquanto isso, os cassinos que pagam via pix, disponíveis em plataformas online regularizadas, continuam sendo a única alternativa para os apostadores que buscam entretenimento. Apostas são assunto para adultos. Vale lembrar que, em 2022, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que permite a operação de cassinos, bingos e o tradicional jogo do bicho em espaços físicos, seguindo uma série de regras. No entanto, a proposta ainda está parada no Senado, aguardando votação para seguir adiante.
Celso Sabino, ministro do Turismo, é um dos defensores da liberação e acredita que a medida pode ser fundamental para impulsionar o setor turístico no Brasil.
Ministro fala sobre legalização impulsionando turismo
Após uma reunião com membros do BRICS, o ministro Celso Sabino comentou sobre a possível legalização das apostas físicas no país. Favorável à proposta, ele destacou que a medida pode ser estratégica para fortalecer a economia e aumentar o número de turistas internacionais no Brasil. “Como órgão do governo voltado ao desenvolvimento do turismo, somos favoráveis à proposta, assim como outros ministérios. Queremos atrair mais visitantes e estimular a circulação de pessoas dentro do Brasil. Pelas conversas que temos tido, há uma expectativa de aprovação ainda no primeiro semestre de 2025”, afirmou Sabino.
Entre os pontos do projeto está a obrigatoriedade de os cassinos funcionarem dentro de resorts. Cada unidade deverá contar com acomodações de luxo, restaurantes, espaços para eventos e outras estruturas previamente acordadas.
“Resorts-cassinos são projetos que exigem grandes investimentos para sua implantação, geram empregos e contribuem com o turismo em todo o mundo. Vão movimentar a cultura, a gastronomia e atrair mais turistas estrangeiros”, completou o ministro.
Celso Sabino destaca estratégia para logística
Outro ponto em debate diz respeito à distribuição dos cassinos pelo país. O projeto de lei prevê que cada estado tenha pelo menos uma unidade, enquanto os mais populosos poderão abrigar até três, com base em critérios demográficos estabelecidos no texto legislativo.
Segundo Sabino, uma das diretrizes é descentralizar os empreendimentos, evitando a concentração em grandes centros urbanos. A proposta é fomentar o desenvolvimento de novos destinos turísticos no Brasil.
“Não pretendemos instalar um resort desse porte em áreas que já recebem um alto volume de visitantes. A proposta é direcioná-los para locais mais afastados, promovendo a criação de novos polos turísticos no país”, explicou o ministro.
Essa lógica deve ser aplicada principalmente nos estados com direito a mais de uma unidade, como São Paulo. Assim, cresce a possibilidade de instalação de cassinos no interior do estado.