Entrevista com Asa Butterfield e Britt Robertson, do filme The Space Between Us

Por JANA NASCIMENTO NAGASE

Os atores Asa Butterfield e Britt Robertson vêm de dois mundos diferentes – estranho, não? Pelo menos, eles são na nova comédia romântica The Space Between Us, que estreia nesta sexta-feira, 3 de fevereiro.

Nesse romance de ficção científica, a história gira em torno de Tulsa, papel de Britt, e Gardner, papel de Asa, dois adolescentes que começam uma amizade online. Mas, o que Tulsa não sabe é que Gardner, que diz morar em Manhattan, vive mesmo em Marte. Mas ele deseja conhecer à Terra para tentar encontrar seu pai biológico e saber mais sobre o seu nascimento. Assim, ele embarca em uma aventura com Tulsa, sua amiga das redes sociais. Além de Asa e Britt, estão no elenco Carla Gugino, Gary Oldman, Janet Montgimery, entre outros. A direção é de Peter Chelson.

Jana Nascimento Nagase – Asa, o que você tem em comum com Gardner? Asa Butterfield - Gardner e eu somos bastante interessados na natureza e estamos meio que fascinados por ela, em muitos aspectos. Nós dois compartilhamos uma curiosidade em explorá-la. Acredito que essa seja a maior característica que compartilhamos.

Jana – Britt, você poderia comparar essa relação com Gardner em um nível pessoal, já que os garotos são seres estranhos? Britt Robertson - Diferentes seres. É verdade. Isso acontece na minha vida agora. Eu vou na terapia e fico falando "ele pensa desta forma e eu simplesmente não entendo". Eu já tive um terapeuta masculino e uma terapeuta feminina, o que é interessante sobre isso é que ambos dão conselhos diferentes com duas perspectivas diferentes. Me ajudou, especialmente quando falo com um garoto sobre garotos. Eu digo, "Uau, é assim que eles pensam. Agora, faz muito mais sentido", porque você realmente não entende a perspectiva deles, aquele ponto de vista, biológico. Tulsa está constantemente tentando descobrir Gardner. Ele está mentindo? Ele é misterioso? Ele é um estranho inocente? Ela não podia entendê-lo e eu acredito que seja a principal característica porque ele é tão misterioso, mas ao mesmo tempo tão gentil e de bom coração. E mesmo assim ela não consegue entender quem é esse menino. Então, quando é revelado que ele é apenas esse inocente, doce garoto que nasceu e cresceu em Marte, Tulsa fica assim, "oh, agora eu te amo muito mais".

Jana – E como você descreveria a relação de Tulsa e Gardner? Britt - Ela é meio maternal com ele, da mesma forma que ela sempre foi com todos. Tenho certeza de que todas os orfanatos em que ela esteve, tinham seis filhos menores que ela e ela deixava eles fazerem o que quiserem. É assim que muitas dessas jovens se tornam quando chegam a esta idade. Elas cuidam de muitas crianças.

Jana - Gardner viveu em um ambiente protegido e estéril por 16 anos. Você realmente viveu essa inocência da personagem no filme. Como foi a preparação? Você assistiu a algum filme ou fez alguma pesquisa em termos de personagens inocentes? Asa – Ter inocência é algo que eu realmente tive que ter em vários papéis que já fiz. Eu não sei o porquê. Acho que tenho essa carinha inocente. Para essa personagem, eu assisti Being There, que foi uma referência muito grande para mim, e Wings of Desire, que você deveria assitir, mesmo a sua cinematografia, é bem interessante. Gardner é uma personagem realmente interessante, e eu e Peter, o diretor, nos divertimos muito a criando, tornando-a única e divertida de assistir.

Jana – Britt, mesmo que Tulsa nasceu e viveu na Terra, ela parece ser mais isolada do que Gardner. Britt - Sim, porque embora ele tenha vivido em Marte, ele foi craido e cuidado por Kendra, papel da Carla Gugino. As pessoas tinham totla consciência da sua existência.

Jana – Asa, sua personagem está em Marte, vivendo na gravidade. Como você foi fisicamente? Asa - Eu amarrei pesos ao redor de meus tornozelos. Eu usava um colete com pesos só para ver como isso muda o jeito que você se move e a maneira como você corre e alguém estava me filmando, enquanto eu fazia todas essas ações diferentes. Em seguida, eu tirava esses pesos e tentava replicar os movimentos da melhor maneira possível. A parte mais complicada era manter a consistência dos movimentos. Gardner teve alguns problemas com sua caminhada. À medida que ele fica melhor, e como ele se ficasse mais humano, ele acha mais fácil andar, aí, ele está acaba andando como um ser humano real, como um menino real. Foi divertida a minha jornada da caminhada.

Jana – Britt, quais são seus próximos projetos? Britt - Estou na série Girlboss que vai estrear em breve no Netflix. E também o longa A Dog’s Purpose que já está em cartaz.

Confira o trailer do filme: