Entrevista com o ator Antonio Gil - Lançamento em DVD & Blu-ray

Por JANA NASCIMENTO NAGASE

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[caption id="attachment_117530" align="alignleft" width="300"] O ator como José de Arimatéia - Crédito: Sony Pictures Home Entertainment.[/caption]

Disponível desde o dia 24 de maio o combo Blu-ray, DVD e cópia digital, o drama épico, Risen (Sony Pictures Home Entertainment), que acompanha a história bíblica épica da Ressurreição, contada através dos olhos de um não-crente. Clavius, um poderoso militar Romano, e seu assessor Lúci. Eles têm a tarefa de resolver o mistério sobre o que aconteceu com Jesus semanas após a crucificação, a fim de abafar os rumores que o Messias havia ressuscitado e evitar uma revolta em Jerusalém.

No elenco estão Joseph Fiennes, Tom Felton, Peter Firth, Cliff Curtis, Antonio Gil, María Botto, Luis Callejo, entre outros. Kevin Reynolds ficou a cargo da direção e também escreveu o roteiro ao lado de Paul Aiello.

Os discos contêm material extra dos bastidores, cenas nunca vistas antes e muito mais. Tive a entrevistar o experiente ator espanhol Antonio Gil que interpreta José de Arimatéia.

Nascido em 1965 em Barcarrota e criado em Gerena, uma cidade de Sevilla, mas deixou a Espanha anos atrás para estudar teatro no Norte da Europa. Mesmo sendo de uma família de agricultores, Antonio nunca desistiu de sua paixão. Ator talentoso e versátil que já atuou em séries de televisão e filmes como Chocolate de 2000, Quantum of Solace de 2008, The Way de 2010, The Mule de 2013, entre outros.

Atualmente, ele reside entre as cidades de Londres, Madrid e Paris. Vamos conferir trechos da entrevista:

Jana – Como foi o processo de criação de José de Arimateia? Antonio - Foi, obviamente, através da Bíblia, fiz muito pesquisa porque há pouca informação sobre ele. Há um mistério de quem ele era e as escrituras falam pouco sobre isso, somente que ele enterrou Jesus e isso me intrigou muito. Queria preencher essas lacunas e foi aí que entrou minha experiência e imaginação de ator para construí-lo e ser fiel as escrituras.

Jana – Como se sentiu interpretando-o? Antonio - Foi um privilégio e uma responsabilidade ao mesmo tempo. Minha intenção era não estar errado. Mesmo que no processo de construção da personagem fosse no imaginário, mas houvesse uma aproximação e similaridade. Fiz com muita calma e sabedoria.

Jana - O que você acha de José de Arimateia? Antonio - Ele tinha uma posição econômica importante e aparentemente ele era parente de Maria, mãe de Jesus. Não há nenhuma evidência sobre isso, mas o construi pensando que era muito próximo, e que se preocupava com Jesus. Se ele não era parte da família mesmo assim ele conheceu Jesus e Jesus era muito próximo a ele e muito importante.

Jana – Qual é a mensagem do filme? Antonio - Eu acho que uma mensagem para os dias de hoje. Que nada acontece por acaso. Neste tempo de tanto sangue, tanta morte, tanta violência, precisamos de mensagens que vão além da religião. Essa é a mensagem que o ator Cliff Curtis, que interpreta Jesus, transmite de um jeito comovedor. O olhar dele transmite a realidade atual, e o mais surpreendente e que não corresponde à imagem tradicional de Jesus. O filme também fala da universalidade, da capacidade de destrui, mas também mostra a capacidade de amar.

Jana - Como foi a trabalhar nesse longa? Antonio - Foi fantástico! Estava envolvido em uma grande produção, que também tinha produtores prontos para contar essa história de forma diferente. Era um projeto importante, mas também um compromisso pessoal. É raro encontrar isso em filmes. A história tocava as pessoas. Nós, os atores, fomos tratados com grande respeito. Também teve suas dificuldades, rodamos na ilha de Malta durante o mês de agosto, com um sol de 50 graus. Eu usava três cobertores de lã por cima, mas como eu nasci no calor do sul da Espanha, foi fácil suportar. Jana – Como foi trabalhar com Joseph Fiennes? Antonio - Ele é muito discreto, comprometido, disciplinado, focado. Muito tímido também. Não gasta suas energias em piadas. Ele levou isso muito a sério. Porque sua personagem era muito cética e difícil. Foi um prazer e uma sorte de ter trabalhado com ele. #RisenMovie