Epidemiologista da Casa Branca estima 200 mil mortos por coronavírus no país

Por Gazeta News

[caption id="attachment_196295" align="alignleft" width="360"] Imagem: reprodução vídeo Casa Branca.[/caption] As mortes por coronavírus nos Estados Unidos podem chegar a duzentas mil e milhões de pessoas infectadas, alertou Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas e o principal especialista em doenças infecciosas da Casa Branca neste domingo, 29. Fauci faz parte da força-tarefa montada por Donald Trump para tentar conter a doença e disse em entrevista que "entre 100 mil e 200 mil casos". Em seguida se corrigiu para dizer que se referia ao número de mortes. "Teremos milhões de casos", disse, acrescentando que não queria ficar preso aos números porque a pandemia é um "alvo em movimento". Presidente Trump estende distanciamento social até 30 de abril Até o início da tarde desta segunda-feira, 30, os EUA haviam registrado mais de 144 mil casos de Covid-19, o maior número de infecções, e 2.575 mortes, segundo monitoramento da Universidade Johns Hopkins. Os casos de pessoas que se recuperaram somam 4.865. Nova York, o estado mais atingido, tem mais de 53 mil casos e pode ficar sem equipamentos médicos. No sábado (28), Trump chegou a considerar uma possível quarentena para o estado, mas, depois, desistiu da medida. Trump entendeu a importância do isolamento social No domingo, 29, após conversar sobre a situação com os profissionais da equipe montada especialmente para combater o coronavírus nos EUA, Trump decidiu estender o período de isolamento social no país até o dia 30 de abril. Trump havia anunciado anteriormente que pretendia reabrir a economia na Páscoa. Cheques de estímulo econômico devem chegar em 3 semanas Fauci disse a John Berman, da CNN, que ele e a coordenadora de resposta a coronavírus da Casa Branca, Deborah Birx, mostraram as projeções e disseram ao presidente Trump no Salão Oval no domingo que acabar com as medidas de auto-isolamento só permitiria ao COVID-19 ganhar mais espaço, matando mais pessoas e talvez prejudicando ainda mais a economia também. No entanto, Fauci enfatizou também que "não ficaria surpreso se víssemos 100.000 mortes", acrescentando que os EUA ainda podem ver um número de mortos de até 200.000, mesmo que as novas medidas sejam seguidas de perto. "Se você observar a gripe sazonal, tivemos uma temporada ruim em 2017-18", disse Fauci. “Perdemos mais de 60.000 pessoas, apenas em uma gripe sazonal. Isso é claramente pior que isso. No dia 16 de março, o governo federal anunciou orientações, para cerca de metade do país, para frear a disseminação do vírus, incluindo o fechamento de escolas. O presidente também pediu às pessoas que evitassem grupos de mais de 10 pessoas, viagens, bares, restaurantes e praças de alimentação. A cada 3 pessoas nos EUA, uma está vivendo sob ordens de governos estaduais ou municipais para que fique em casa, segundo a Associated Press. No mundo, os casos de infectados confirmados se aproximam de 1 milhão: são 745.308 reportados até o momento pela Universidade Johns Hopinkgs e 156.875 pessoas que se recuperaram. Desde 2010, a gripe mata entre 12 mil e 61 mil norte-americanos por ano, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). A epidemia de gripe de 1918/19 matou 675 mil nos Estados Unidos, segundo o órgão.