Equatoriano é preso pela imigração ao entregar pizza em base militar de Nova York

Por Gazeta News

(Villavicencio Family Photo CNN via AP) .
[caption id="attachment_167747" align="alignleft" width="393"] Villavicencio com as duas filhas de 2 e 3 anos. Foto AP via CNN .[/caption] Um equatoriano que ainda não está legalizado nos Estados Unidos e trabalha como entregador de pizzas, foi preso depois de fazer uma entrega em uma base militar do Brooklyn, em Nova York. Ao fazer a identificação para entrar no local, o policial descobriu que Pablo Villavicencio, de 35 anos, é indocumentado com uma ordem de deportação antiga em seu nome e chamou os agentes do U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) que o levaram detido. Villavicencio chegou à base de Fort Hamilton, no Brooklyn, na semana passada, para entregar um pedido da pizzaria do Queens, onde trabalhava. Ele mostrou sua carteira de identidade de Nova York para o guarda, como fizera várias vezes antes, mas não foi o suficiente desta vez, disse sua esposa à CNN. A carteira é válida a todos os moradores da cidade, sem importar seu status migratório. De acordo com o ICE, o equatoriano residia no país sem documentos desde 2010, embora um juiz migratório tenha lhe pedido para deixar o país em julho daquele ano. Pai de duas meninas de 2e 3anos que nasceram nos EUA e com a esposa cidadã americana, Villavicencio iniciou em fevereiro os trâmites para obter o green card. Mas agora está em vias de ser deportado nos próximos dias. "Ele estava fazendo seu trabalho, ele não estava cometendo um crime", disse sua esposa, Sandra Chica, a repórteres. "Ele não estava fazendo nada ilegal além de trabalhar para sustentar suas duas filhas". "Eles (imigrantes indocumentados) foram informados com essa identificação, eles teriam alguma forma de liberdade nesta cidade sem serem presos", disse o presidente do Brooklyn Borough, Eric Adams, democrata. "Estamos estabelecendo um precedente perigoso com o que vimos aqui", acrescentou. Carteira da cidade de Nova York A carteira de identidade da cidade de Nova York (IDNYC) foi introduzida em 2015 como uma prova de identificação oficial e gratuita que pode ser obtida com documentação limitada - tornando-a acessível a quase meio milhão de habitantes da cidade sem o status de imigração legal. As carteiras de identidade também atendem pessoas desabrigadas, idosos de baixa renda, ex-prisioneiros e membros da comunidade LGBTQ que podem ter dificuldade para obter outras identificações emitidas pelo governo. As informações pessoais dos portadores das carteiras de identidade não podem ser divulgadas às autoridades federais de imposição da lei ou de imigração sem a permissão da administração de recursos humanos da cidade. Os candidatos não precisam divulgar seu status de imigração para receber o documento. As carteiras de identidade municipais tornaram mais fácil para alguns nova-iorquinos denunciar um crime, alugar um apartamento, abrir uma conta bancária e até mesmo pedir emprestado um livro da biblioteca. O programa de identificação da cidade de Nova York é semelhante aos das cidades de todo o país, incluindo São Francisco e Los Angeles.