O líder da minoria republicana na assembléia estadual, James Tedisco, ameaçou pedir impeachment do governador de Nova York, o democrata Eliot Spitzer, 48 --envolvido em investigação sobre uma rede de prostituição-- caso ele não renuncie em 48 horas.
"Se ele não renunciar dentro de 24 ou 48 horas, nós prepararemos um pedido de impeachment para afastá-lo. Precisamos de alguém que nos dirija, e Eliot Spitzer atualmente é incapaz de fazê-lo", disse Tedisco em entrevista à rede de TV americana CNN.
Segundo ele, legisladores preparam uma resolução para destituir o governador caso ele se negue a renunciar, mas não é certo que os representantes democratas apóiem tal medida.
Após o escândalo, revelado ontem, Spitzer pediu desculpas à família e a Nova York por ter violado suas "obrigações familiares", mas não citou o caso. Ele não confirmou nem negou a reportagem. No discurso, o governador -- casado há 21 anos e pai de três filhas-- não falou sobre renunciar, mas disse que "a política não é sobre indivíduos, mas sobre idéias".
"Não queremos desculpas. Não se trata de política, mas de seguir adiante com o governo, fazendo o correto, aprovando legislações de colocando fim a este circo", rebateu Tedisco.
O líder da minoria republicana na assembléia disse ainda que a iniciativa de Spitzer de reforma do governo "perde toda a validade se ele estiver envolvido em algo ilegal como isso".
Para aprovar o pedido de impeachment, os republicanos precisarão do apoio da maioria democrata na assembléia. Caso seja aprovado, necessitará da aprovação de dois terços do Senado e dos nove membros da Corte de Apelações para que seja colocado em prática.
Nesta terça-feira(11), o jornal americano "New York Times" informou que Spitzer estaria considerando a possibilidade de renunciar, após ter recebido conselhos de assessores.
Escândalo
O escândalo veio à tona após alegações de que o governador teria gasto milhares de dólares por uma noite com uma garota chamada Kristen em um hotel em Washington.
