Escolha de chaves na Copa está 'direcionada', diz Parreira

Por Gazeta Admininstrator

Técnico brasileiro prefere um grupo 'equilibrado' na primeira fase
O técnico Carlos Alberto Parreira disse nesta sexta-feira que o processo de escolha das chaves para a Copa do Mundo de 2006 " está muito direcionado", se referindo à Alemanha.
Para o técnico, é normal que o time da casa tente facilitar seu caminho rumo à final da competição. Mesmo achando normal, o treinador fez questão de repetir que o processo está "direcionado".

"Se eu fosse dono da casa também não gostaria de enfrentar a Argentina e nem o Brasil antes da final. E isso vai acontecer, sem dúvida", afirmou.

"Se a Copa fosse no Brasil eu ia querer a mesma coisa."

Parreira prefere não escolher possíveis adversários para o Brasil na Copa do Mundo.

"Eu acho que é importante o Brasil se preparar bem, mentalmente, tecnicamente, para enfrentar qualquer adversário. O sorteio, se o Pelé não tiver a mão quente, pode ter um grupo complicado."

Adversários

Parreira não fala em nome de adversários, mas diz que prefere um grupo mais equilibrado no início, em vez de só adversários teoricamente fáceis. O treinador acredita que as dificuldades levam a equipe a se concentrar e se preocupar mais com a competição.

"Eu me lembro que, na Copa de 70, o Brasil pegou a Alemanha, a Tchecoslováquia e a Romênia, que era um grupo dificílimo. Encaramos isso de frente, logo no início, nos preparamos mentalmente e o Brasil acabou a primeira fase logo em primeiro."

Ao contrário da posição de Zico, que critica o atual sistema de distribuição dos grupos, Parreira acredita que é necessário escolher os cabeças-de-chave, evitando que as equipes mais fortes se encontrem na primeira fase.

"Tem que ser assim. Não dá para colocar três europeus em um grupo. Nao dá também para os times mais fortes se encontrar na primeira fase."

"Eu acho que, do jeito que está, está certo. Só acho que está um pouquinho direcionado", completou o treinador, às gargalhadas, dando mais uma alfinetada na Alemanha.