Escute boa música e melhore a saúde

Por Gazeta Admininstrator

Segundo especialistas, a música pode ajudar no tratamento da dor na recuperação pós-cirúrgica, reabilitação de pessoas com sequelas de derrame cerebral e de dores crônicas.

A música é usada para tratar doenças, desde a Antiguidade, mas os primeiros artigos sobre os efeitos dela no corpo humano foram publicados ape-nas no século XVIII. Desde então, o assunto vem sendo estudado no meio científico, mas sem grandes descobertas.

Hoje em dia, já se sabe que melodias agradáveis induzem a liberação de substâncias no corpo que causam sensação de prazer e bem-estar. Mas aparentemente ainda existe muito para ser estudado sobre o efeito da música nas pessoas.

Recentemente, foi descoberto por um grupo de neurocientistas da Universidade de Helsinki, na Finlândia, que até mesmo vítimas de derrames cerebrais podem ser beneficiadas com o uso de melodias. Ao constatarem que elas estimulam o sistema nervoso das pessoas, eles perceberam que a música ativa várias áreas do cérebro, simultaneamente, até mesmo aquelas danificadas pelo derrame, acelerando o processo de recuperação.

A descoberta foi feita através de um experimento relativamente simples. Cerca de 60 pacientes que haviam tido um derrame foram separados em 3 grupos. O primeiro foi orientado a escutar música, o segundo a escutar livros gravados em fita e o terceiro recebeu apenas o tratamento comum.
Depois de três meses de experimento, os especialistas perceberam que a memória verbal do grupo que escutou música melhorou 60%. Já os que escutaram livros gravados, 18%, e 29% dos que estavam apenas fazendo o tratamento tradicional.

Também a habilidade de resolver conflitos foi diferente entre os grupos. Não houve evolução no segundo e no terceiro, mas no dos pacientes que escutaram música regularmente houve uma melhora de 17%.

Com resultados tão expressivos, o experimento comprova que escutar música no tratamento das sequelas de um derrame pode ajudar na recuperação do paciente e prevenir a depressão.

A música ajudando a aliviar as dores crônicas
Além do derrame, também as dores crônicas são tratadas com música. Uma pesquisa feita em 2006 nos Estados Unidos pela instituição “Cleveland Clinic Foundation”, descobriu que pacientes tratados com melodias tiveram uma redução 21% maior nas suas dores que os que não ouviam música.

A maioria das 60 pessoas que participaram do experimento relatou que a dor que sentiam antes da musicoterapia atingia várias partes do corpo e era ininterrupta. Todos tinham doenças como a osteoartrite, problemas de hérnia de disco e artrite reumática, há mais de 6 anos.

A música como analgésico na recuperação pós-cirúrgica
Essa descoberta se relaciona diretamente com um estudo feito por um residente médico de Harvard, Claudius Conrad. Nele, o residente sugere que a música pode exercer efeitos sedativos e até mesmo a cura por meio da estimulação de um hormônio.

No último mês de dezembro, Conrad publicou um artigo no jornal “Critical Care Medicine”, que revela uma resposta fisiológica à música em pacientes que estavam em tratamento pós-cirúrgico. Ao escutarem Mozart, depois que os sedativos não agiam mais, eles tiveram um tipo de aceleração no hormônio pituritário de crescimento, que é determinante para a cura de enfermidades.

A consequência disso foi uma redução na pressão sanguínea e nos batimentos cardíacos dos pacientes. Além disso, houve uma menor necessidade deles usarem analgésicos e houve uma queda em alguns dos principais hormônios ligados ao estresse.

Considerando que todas essas descobertas ainda são muito recentes para os parâmetros científicos, a música ainda interpreta um papel coadjuvante na ciência e no tratamento de doentes. Apesar disso, tudo indica que os pesquisadores ainda aprenderão muito com as melodias.

Os 10 principais benefícios da música à saúde
1 - A música provoca um forte impacto no cérebro e deve ser encorajada nas crianças, desde cedo;

2 - Tocar instrumentos fortalece e me-lhora a coordenação motora;
3 - O estudo musical amplia o raciocínio das crianças na escola;
4 - Crianças que estudam música têm melhor comportamento em salas de aula e apresentam uma redução de problemas disciplinares;
5 - Pessoas de mais idade envolvidas com música têm melhorias significativas na saúde;
6 - A atividade musical altera algumas regiões do cérebro para combater o mal de Alzheimer;
7 - O desenvolvimento musical reduz os sentimentos de ansiedade, solidão e depressão;
8 - A música ajuda a diminuir o estresse e reforça o sistema imunológico;
9 - Estudos comprovam que aulas de piano ou teclado para idosos provocam aumento do hormônio do crescimento, colaborando no aumento do nível de energia, das funções sexuais e da massa muscular, evitando osteoporose e rugas;
10 - Em todas as idades, a música reforça o sentimento e convivência em grupo, proporcionando melhorias no relacionamento interpessoal.