Espanha e México serão cabeças-de-chave

Por Gazeta Admininstrator

O Brasil foi tratado como o grande time da Copa do Mundo e confirmado pela Fifa, nesta terça-feira, como cabeça-de-chave do Grupo F. Além de jogar nos melhores estádios da Alemanha – em Munique, Dortmund e Berlim –, ainda deverá ficar livre da seleção anfitriã nas fases seguintes.

Nada disso significa, porém, que o time de Ronaldinho Gaúcho terá vida fácil na primeira fase do Mundial de 2006. Pelo contrário. Há a possibilidade de a forte Holanda – ou até Portugal, de Felipão – cair na chave brasileira. E a perigosa equipe de Sérvia e Montenegro aparece com boas chances de fazer companhia ao Brasil. Sérvia ficará, obrigatoriamente, no grupo de Brasil, Argentina ou México, de acordo com decisão tomada pela Fifa.

O técnico Carlos Alberto Parreira vem dizendo que começar a Copa contra adversários teoricamente mais fracos seria ótimo para a seleção. Pois, nesse caso, aproveitaria os três primeiros jogos para ganhar entrosamento e confiança para as etapas seguintes da competição. Mais ou menos como ocorreu em 2002, quando o time, então dirigido por Felipão, enfrentou Turquia, China e Costa Rica na fase de classificação, antes de chegar à final e conquistar o título.

Os brasileiros acham difícil que o sorteio, marcado para a noite desta sexta-feira, em Leipzig, seja tão favorável como o de quatro anos atrás, mas torcem para se livrar, por exemplo, de Holanda e Portugal.

Parreira, que estará na Alemanha ao lado do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para participar do evento, cruza os dedos. Se a sorte voltar a ajudar, o Brasil pode ter como rivais Tunísia ou Togo, Suíça e Irã ou Arábia Saudita – mas precisará de muita sorte. “A Alemanha ficará no Grupo A (em que também serão usados os principais estádios) por ser a sede e o Brasil, no F, por ser o atual campeão do mundo”, explicou Jim Brown, diretor de Competições da Fifa.

A entidade máxima do futebol dividiu as seleções por regiões, com exceção dos cabeças-de-chave, que são Inglaterra, Espanha, França, Argentina, Itália e México, além de Brasil e Alemanha. O México foi preferido em relação à Holanda por critério de classificação adotado pela entidade – o aproveitamento nos últimos dois Mundiais, com peso 2, e o tradicional ranking anual das últimas três temporadas, com peso 1.

No nível dois aparecem as equipes da África (Angola, Costa do Marfim, Gana, Togo e Tunísia), da América do Sul (Equador e Paraguai) e a Austrália. Um deles, com exceção de Equador e Paraguai, será sorteado para jogar na chave brasileira.

No nível três figuram oito europeus (Croácia, República Checa, Holanda, Polônia, Portugal, Suécia, Suíça e Ucrânia) e um ficará no Grupo F. No nível quatro estão os asiáticos (Japão, Irã, Coréia do Sul e Arábia Saudita) e os representantes da Concacaf (Costa Rica, Estados Unidos, e Trinidad e Tobago). Um deles enfrentará a seleção de Parreira. A Sérvia, com o pior ranking entre os europeus, ficará numa posição separada no sorteio.

O Brasil vai treinar para o Mundial na pequena cidade de Weggis, na Suíça. Todos os campeonatos terão de ser encerrados – ou paralisados – até 14 de maio de 2006, segundo determinação da entidade. A única exceção será para a Liga dos Campeões da Europa, cuja final está programada para 17 de maio.