Especialistas da ONU pedem fim da pena de morte no Irã

Por Gazeta News

[caption id="attachment_86737" align="alignleft" width="300"] Ahmed Shaheed , relator especial de direitor humanos no Irã.[/caption]

Dois especialistas em direitos humanos das Nações Unidas condenaram o acentuado aumento no número de execuções no Irã nas últimas semanas. Eles apelaram ao governo iraniano que acate o pedido da organização por uma suspensão imediata no uso da pena de morte. Segundo dados do último relatório sobre o assunto, entre junho de 2013 e 2014, pelo menos 852 pessoas foram executadas no país.

A ONU afirma que desde janeiro deste ano até o momento, mais de 340 pessoas também foram executadas, incluindo seis prisioneiros políticos e sete mulheres. Em comunicado, o relator especial sobre a situação de direitos humanos no Irã, Ahmed Shaheed, afirmou que, “quando o governo iraniano se recusa até mesmo a reconhecer a extensão total das execuções ocorridas, isto mostra um desprezo tanto pela dignidade humana como pela lei internacional de direitos humanos”.

Segundo a ONU, o novo Código Penal Islâmico, que entrou em vigor em 2013, omite agora referências à apostasia, à bruxaria e à heresia. No entanto, continua permitindo a execução de jovens e mantém a pena de morte para atividades que não constituiriam crimes mais graves, em conformidade com as garantias para a proteção dos direitos das pessoas em face à pena de morte. Entre eles estão posse de drogas, tráfico, uso repetido de álcool e adultério. As informações são do “UOL”.