Estado Islâmico intensifica uso de drones em ataque ao Iraque

Por Gazeta News

[caption id="attachment_82279" align="alignleft" width="250"] O grupo terrorista tem aumentado o ataque com o acesso remoto e pela facilidade de compra.[/caption]

Na tentativa de reconquistar Mossul, no Iraque, o Estado Islâmico (EI) tem usado para lançar granadas nos edifícios onde estão policiais iraquianos que participam da ofensiva para reconquistar a segunda maior cidade iraquiana.

No último ataque há algumas semanas, nenhum deles foi ferido, de acordo com um oficial. Mas esta explosão representa uma escalada nas ameaças enfrentadas pelas forças iraquianas frente as táticas de guerrilha usadas pelo EI.

Os extremistas islâmicos compensam sua inferioridade em número e em recursos com engenhosidade e efeito surpresa, transformando eletrodomésticos ou veículos em explosivos, diminuindo assim o avanço das forças iraquianas.

O uso de drones aumentou, inclusive para guerra, devido a facilidade de comprar esses objetos até pela internet, que custam em torno de $1 mil dólares.

"Nós registramos três incidentes" com um mecanismo deste tipo, informou à AFP o tenente-coronel Hussein Moayyad.

Os ataques são remotos, controlados à distância e ainda bastante rústicos, mas já causaram mortes.

Em 2 de outubro, dois combatentes curdos foram mortos e dois comandos franceses feridos na explosão de um dispositivo aéreo em Erbil, capital do Curdistão iraquiano.

De acordo com uma autoridade da Defesa americana, tratou-se de um "avião construído em poliestireno", do tipo vendido em lojas de aeromodelos.

O explosivo estava, aparentemente, "na bateria" e a explosão parece ter sido disparada por um "timer" e não por controle remoto.

O dispositivo havia sido encontrado no chão por combatentes peshmergas e, em seguida, levado ao acampamento. Ela explodiu enquanto os peshmergas tentavam fotografá-lo, de acordo com a autoridade americana.

Estes pequenos drones comerciais não podem, de fato, carregar explosivos suficientes para representar uma ameaça verdadeiramente significativa militarmente, de acordo com a autoridade americana.

As forças iraquianas também adotaram o drone para monitorar os movimentos do EI. A preocupação maior é com a incrementação do uso de drones para ataques com armas químicas.

Fonte: AP e G1