Estado pediu sigilo sobre dados do zika na Flórida

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_126600" align="alignleft" width="300"] Avião sobrevoa South Beach pulverizando área com Nalede. Foto: Carl Just Miami Herald[/caption]

Os prefeitos de Miami-Dade County e Miami Beach  garantiram que as autoridades do estado da Flórida pediram para que a localização de focos do mosquito transmissor da zika fosse mantida em sigilo.

O prefeito de Miami-Dade County, Carlos Giménez, disse em um comunicado no domingo, 25, que estava surpreso pelo Departamento de Saúde da Flórida ter negado na sexta-feira, 23, que havia solicitado que não fossem divulgadas as informações sobre o lugar em que estavam as armadilhas para recolher o Aedes Aegypti.

"Durante várias reuniões, ligações telefônicas e conversas, os funcionários do Departamento de Saúde da Flórida, explicitamente, disseram que a informação sobre os locais em que estavam armadilhas que contêm mosquitos que deram positivo para o vírus da zika, é confidencial", disse Gimenez.

De acordo com o prefeito, o pedido teria sido justificado pela necessidade de "proteger a privacidade dos moradores" das respectivas regiões.

O prefeito de Miami Beach, Philip Levine, corroborou a declaração de Gimenez, e acrescentou que o Departamento de Saúde da Flórida ordenou que a  informação fosse mantida em segredo para proteger a privacidade dos moradores que vivem nas áreas onde os mosquitos transmissores foram capturados.

A Flórida é o único estado localizado na área continental dos Estados Unidos em que foram registrados focos de transmissão da zika. Segundo o Departamento de Saúde regional, até o momento, foram contabilizados 878 casos da doença, sendo 90 em mulheres grávidas, inclusive na populosa região de Miami Beach.

Nesta semana, o escritório do governador, Rick Scott, divulgou que serão investidos US$ 25 milhões (R$ 80,5 milhões), para pesquisar e investigar uma vacina contra a doença.

Fonte: Miami Herald