Estamos quase lá, mas é quase - Futebol

Por Mano Thiago

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Muita calma nessa hora. O Campeonato Brasileiro 2012 está quase decidido, mas quase é quase. Estamos na reta final do torneio e os premiados ou azarados vão colhendo os frutos dos trabalhos durante o ano. Fluminense quase tetracampeão brasileiro, Atlético Mineiro quase vice, Palmeiras quase rebaixado, São Paulo quase na Copa Libertadores da América do ano que vem.

Mas a palavra ‘quase’ é complicada, praticamente não significa nada. Quase é advérbio determinativo de proximidade e pode ser substituído pelas palavras: aproximadamente, perto de, por pouco, por um triz. Vou tentar explicar: você prepara um bolo para festa, daí você deixa ele 20 minutos no forno, mas o tempo certo seria 10 minutos, porém o forno estava em potência baixa e o bolo não queimou, quase que iria acontecer um vacilo. Outro exemplo, você come uma feijoada no almoço, daí a comida não cai bem no estômago e dá aquela dor de barriga, bate um desespero e você vai correndo pro banheiro. Por sorte ninguém estava usando o sanitário, ou seja, se alguém estivesse usando, aí iria acontecer uma tragédia. O noivo tem que dizer apenas ‘sim’ no momento da cerimônia do casamento, mas com uma faringite forte, a palavra não sai, e o casamento quase mia. Imagina? Coitado do noivo.

Essas três situações representam bem as duas principais atrações do Campeonato Nacional. O Fluminense cozinhando o bolo pra comemorar o título e o Palmeiras brigando contra o rebaixamento, na mesma situação de quem come uma feijoada de segunda e depende dos outros para conseguir escapar da tragédia.

Fluminense segue mais líder do que nunca, mesmo empatando com o time do São Paulo, após um baita vacilo do zagueiro Gum, o tricolor carioca conseguiu, fora de casa, correr atrás do placar e empatou com Fred, somando assim mais um ponto na campanha rumo ao título. De quebra, o Fluzão ainda contou com a ajuda do time do Coritiba que segurou firme o “Bonde do Pão de Queijo com Chimarrão”. Não deu para os mineiros do Atlético e Ronaldinho Gaúcho, que perderam de 1 a 0 e, mesmo se contratarem todos os matemáticos do mundo, acho difícil conseguirem animar o elenco para correr atrás do título ainda. Não que o time do Atlético não seja um bom time e que não vá ganhar seus próximos jogos, mas acho muito difícil em 12 pontos a serem disputados ainda o Galo conseguir tirar uma vantagem de nove pontos, até porque o Flu teria que perder todos os últimos jogos que faltam.

Coçando mais que os dreads do Bob Marley, mais feio que o cabelo do Biro-Biro, pior que a cabeleira do ex-jogador colombiano Valderrama, o Palmeiras, esse sim, está numa situação cabeluda, porém o time vive descabelado e pode ficar pior ainda no ano que vem. O Verdão não tem um time ruim para cair de divisão. O time tem bons valores individuais, a exemplo do argentino Barcos, mas o problema não só ganhar, é depender que os outros times percam, igual a situação que eu escrevi no começo da coluna. Se comeu uma feijoada zoada tem que torcer pra não ter ninguém no banheiro na hora que você for usar.

Não sei se já caiu, sei que ainda tem chance e é isso que todos os palmeirenses esperam, mas que é complicado, é. Ainda bem que eu sou contratado do Jornal Gazeta News e não da Sociedade Esportiva Palmeiras, ainda bem que tem gente que gosta e torce por mim. Ufa!