Estudante brasileira ganha bolsa nos EUA por pesquisa inédita com petróleo

Por Gazeta News

Foto Arquivo pessoal via G1.
A jovem cearense Myllena Cristyna da Silva, 19 anos, ganhou duas bolsas de estudo para universidades do Arizona após uma descoberta científica inédita envolvendo petróleo. A estudante provocou acidentalmente um incêndio no laboratório da escola onde cursou o ensino médio, o que resultou em uma pesquisa de reciclagem de isopor e na geração de um material que pode ser usado para blindar o vazamento de petróleo no mar. O experimento contribui para a redução de um dos maiores problemas de poluição ambiental em todo o mundo – o vazamento de petróleo na água com o material que pode ser usado em embarcações de petróleo para evitar vazamento e a consequente poluição da água. A experiência Enquanto fazia o experimento com isopor e solvente no laboratório da escola, Myllena se distraiu conversando com amigos e deixou a estufa queimar. O incêndio atingiu parte do local, quando a adolescente, desesperada, levou o experimento à pia. O choque térmico causado pela água formou uma espécie de cristal, e a partir de pesquisas com esse cristal, ela chegou ao material. Myllena explica por que o produto desenvolvido com a técnica também impacta na poluição do mares com petróleo. "Todos os dias acontecem viagens de navio petroleiro, e é obrigatório fazer uma lavagem pra retirar o material impregnado no lastro, para não influenciar na próxima carga. A água utilizada pra isso é a água o mar, que é poluída com o petróleo. Esse material vai servir como película protetora do lastro, repele 95% do petróleo que ficava impregnado. Mesmo com a lavagem, as empresas não perdem material, nem ele vai pro meio ambiente”, detalha. Além disso, a pesquisa desenvolveu um ciclo completo de reutilização do isopor, material que comumente é descartado de forma irregular no meio ambiente. Natural do distrito de Ema, a seis quilômetros de Iracema, município com pouco mais de 13 mil habitantes no interior do Ceará, a estudante de 19 anos participou pela segunda vez da Intel ISEF (International Science and Engineering Fair), último domingo, 20, maior feira de ciências do mundo, que aconteceu na Pensilvânia. Com o projeto, ganhou duas bolsas de estudo para universidades do Arizona. Ela foi procurada para patentear o produto, mas recusou por não considerar a proposta de divisão de royalties justa. Com informações do G1.