Uma vala clandestina nos arredores de Iguala, no coração do estado de Guerrero, foi palco do assassinato de pelo menos 17 dos 43 estudantes de magistério desaparecidos no dia 26 de setembro, depois de serem detidos pela polícia municipal. O massacre foi cometido pelos pistoleiros a quem os policiais locais entregaram os estudantes. A confissão dos dois assassinos, divulgada no dia 6 pela Procuradoria, abalou o país e trouxe à tona o poder quase ilimitado que o crime organizado exerce em algumas áreas do México.
A ordem de raptar os normalistas partiu do chefe da polícia, Francisco Salgado Valladares, e a de matá-los de um chefão mafioso apelidado de El Chuky.
Diante da magnitude que o problema assumiu, o próprio presidente do México, Enrique Peña Nieto, anunciou que seu governo não permitirá “o menor resquício de impunidade”.