Estudo aponta metais tóxicos em 95% dos alimentos para bebês nos EUA

Por Gazeta News

Metais pesados tóxicos que prejudicam o desenvolvimento do cérebro do bebê provavelmente estão no meio dos alimentos que estão sendo ingeridos por eles diariamente, de acordo com uma nova investigação publicada nesta quinta-feira, 17. Testes de 168 alimentos para bebês de várias marcas, incluindo Gerber, Earth's Best, Beech-Nut e marcas populares de lojas no país encontraram 95% de chumbo, 73% de arsênico, 75% de cádmio e 32% de mercúrio em papinhas de bebê, biscoitos e sucos artificiais. Um quarto dos alimentos continha todos os quatro metais pesados. Os "snacks", ou lanchinhos, foram os que apresentaram maior concentração de metais pesados, seguidos de perto por produtos derivados de leite. "Esses alimentos populares para bebês não são apenas ricos em arsênico inorgânico, a forma mais tóxica de arsênico, mas também quase sempre são contaminados com os quatro metais tóxicos", diz o relatório. Os testes foram encomendados pela organização Healthy Babies Bright Futures e os resultados foram semelhantes a um estudo anterior da Food and Drug Administration (FDA) que encontrou um ou mais dos mesmos metais em 33 dos 39 tipos de comida de bebê testados. Pelos testes, os alimentos com maior risco de danos neurotóxicos foram produtos à base de arroz, batata doce e sucos de frutas, segundo a análise. Cereais infantis de arroz, pratos de arroz e lanches à base de arroz estavam no topo da lista dos alimentos mais tóxicos para bebês. "Mesmo nos vestígios encontrados nos alimentos, esses metais podem alterar o cérebro em desenvolvimento e corroer o QI de uma criança. Os impactos aumentam a cada refeição ou lanche que um bebê come", diz o relatório. Pesquisas anteriores mostraram que mesmo baixos níveis de exposição ao arsênico podem afetar o neurodesenvolvimento do bebê. Um estudo de 2004 analisou crianças em Bangladesh expostas ao arsênico na água potável e descobriu que elas obtiveram pontuações significativamente mais baixas nos testes intelectuais. Uma meta-análise de estudos sobre o tema constatou que um aumento de 50% nos níveis de arsênico na urina estaria associado a uma diminuição de 0,4 ponto no QI de crianças entre as idades de 5 e 15 anos. Foram analisados 168 alimentos de 61 marcas locais. A cada 20 amostras, em 19 foram registrados níveis perceptíveis de ao menos um metal pesado. Alimentos alternativos A pediatra Tanya Altmann, autora de "Como alimentar seu bebê", faz eco aos conselhos da Academia Americana de Pediatria, que aconselha os pais a oferecer uma ampla variedade de primeiros alimentos, incluindo grãos como aveia, cevada, trigo e quinoa. "Os melhores alimentos para bebês são abacate, purê de legumes, aveia com manteiga de amendoim e salmão", disse Altmann. "Todos eles fornecem nutrientes importantes que os bebês precisam, ajudam a desenvolver seu paladar a preferir alimentos saudáveis ??e podem diminuir as alergias alimentares". Ela acredita que as carnes são uma melhor fonte de ferro e zinco para os bebês do que cereais de arroz. "Eu não recomendo o cereal de arroz como primeira comida há vários anos", disse. Se você optar por cozinhar o arroz para o seu bebê, a Healthy Babies recomenda lavar o arroz em várias águas e cozinhá-lo em água extra antes de comer. Isso reduzirá os níveis de arsênico em 60%, segundo os estudos da FDA. Com informações da CNN.