ETA reivindica explosão de carro-bomba em Madri

Por Gazeta Admininstrator

Um potente carro-bomba, com cerca de 20 kg de explosivos, explodiu nesta quarta-feira no bairro de Simancas, distrito de San Blancas, em Madri, capital da Espanha. A ação foi reivindicada pelo grupo terrorista e separatista ETA (Pátria Basca e Liberdade).

Quatro pessoas foram hospitalizadas. Outras 35 receberam atendimento médico no local. A ação foi reivindicada pelo grupo terrorista e separatista ETA (Pátria Basca e Liberdade).

O último atentado do ETA em Madri ocorreu em 9 de fevereiro deste ano, quando a explosão de um carro-bomba próximo ao centro de convenções Ifema, onde o rei espanhol Juan Carlos e o presidente mexicano, Vicente Fox, inaugurariam algumas horas depois uma exposição internacional de arte, deixou 43 pessoas levemente feridas.

Segundo informações de testemunhas, a explosão, que ocorreu às 9h30 (4h30 de Brasília), foi de grande intensidade e destruiu totalmente o furgão Renault Express [que havia sido roubado na noite anterior], transformando-o em um amontoado de ferros.

Vários carros que estavam estacionados nas proximidades da explosão se incendiaram, e a grande coluna de fumaça negra que se formou podia ser vista desde pontos mais distantes da capital madrilena.

Segundo o ministro espanhol do Interior, José Antonio Alonso, o furgão foi equipado com entre 18 kg e 20 kg de explosivos. O veículo foi estacionado perto de uma das saídas do metrô de Suanzes e próximo a um posto de gasolina.

Explosão anunciada

o jornal basco "Gara" informou à polícia ter recebido uma chamada às 8h45 (3h45 de Brasília) anunciando a explosão de um carro-bomba que havia sido deixado nas proximidades da rua Alcalá.

Embora a polícia tenha conseguido encontrar o veículo, não houve tempo suficiente para tirar todas as pessoas que estavam no local.

A explosão ocorreu quando apenas metade das 200 pessoas que trabalham no edifício Aragón, no número 506 de da rua Alcalá, haviam sido retiradas. O complexo abriga também concessionárias das marcas Opel [subsidiária da General Motors na Europa] e Land Rover, assim como sedes de outras empresas, como a telemarketing Bouncopy e o Citibank.

As 35 pessoas que foram atendidas no local por equipes de emergência sofreram ferimentos leves, como pequenos cortes e dores de ouvido, por causa da explosão. Das quatro pessoas que foram hospitalizadas, apenas um estaria em estado grave, segundo informações do jornal espanhol "El Mundo".

O ataque desta quarta-feira ocorre oito dias depois de o Congresso ter autorizado o governo a realizar uma negociação de paz com o ETA, caso o grupo decidisse abandonar suas armas.

Nesta terça-feira, um dirigente do Batasuna [braço político do grupo terrorista ETA], Pernando Barrena, afirmou que o governo espanhol desconhecia o significado da palavra trégua.