EUA acabam com proibição de doações de sangue por gays

Por Gazeta News

060105-N-8154G-015 Portsmouth, Va. (Jan. 5, 2005) - Hospital Corpsman 1st Class Jonathan Cryer, assigned to the USS Bataan (LHD 5), donates a pint of blood during the blood drive held by the Blood Donor Team. The Blood Donor Team stationed at Portsmouth Naval Hospital visits multiple commands throughout the area in efforts to boost the blood supply for the U.S. Armed Forces around the world. U.S. Navy photo by PhotographerÕs Mate 3rd Class Jeremy L. Grisham (RELEASED)

Trinta anos depois, o governo dos Estados Unidos derrubou no dia 21 a proibição para doações de sangue por homens gays, dizendo que eles agora podem doar 12 meses depois do seu último contato sexual com outro homem.

A agência para alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA) afirmou que sua decisão de reverter a política teve como base um exame dos últimos dados científicos que mostram que uma proibição indefinida não é necessária para prevenir a transmissão do HIV, o vírus que causa a Aids.

"No fim das contas, a janela de 12 meses de espera é apoiada pela melhor evidência científica disponível, neste momento, de relevância para a população dos Estados Unidos", declarou o vice-diretor da divisão biológica da FDA, Peter Marks, em comunicado.

A medida alinha os EUA a outros países como o Reino Unido, a Austrália e a Nova Zelândia, que também têm períodos de espera de 12 meses. Defensores dos direitos gays afirmaram que a nova política continua discriminatória.

"É ridículo e contrário à saúde pública que um homem gay casado numa relação monogâmica não possa doar sangue, mas que um homem heterossexual promíscuo, com centenas de parceiras sexuais no último ano, possa", declarou o parlamentar democrata Jared Polis.

A FDA afirmou que tem trabalhado com outras agências do governo, considerado a contribuição de organismos externos e "cuidadosamente examinado as evidências científicas mais recentes disponíveis para sustentar a revisão da política".

A agência declarou que suas políticas têm ajudado a reduzir a transmissão de HIV por transfusão de sangue de 1 em cada 1.200 para 1 em cada 1,47 milhão. Fonte: Reuters.