EUA advertem contra o conteúdo da Telesur

Por Gazeta Admininstrator

O governo dos Estados Unidos atuará contra a Telesur se a nova emissora de televisão latino-americana emitir mensagens contra os interesses dos EUA, ameaçou o embaixador americano na Venezuela, William Brownfield. "Seria uma reação perante a apresentação de mensagens com estilo antiamericano na Telesur. Se o comentário da Telesur não for antiamericano, não haverá necessidade de uma reação", disse o diplomata, em entrevista à radio venezuelana Onda.

A reação à qual se referiu Brownfield diz respeito à emenda aprovada na semana passada pela Câmara de Representantes dos EUA para financiar transmissões que atuem contra as que forem emitidas pela Telesur, desde Caracas. A Telesur foi criada para "resistir" aos efeitos "colonizadores" dos canais americanos com cobertura continental, como, por exemplo, a CNN, afirmaram funcionários da nova emissora, que foi lançada domingo passado, na Venezuela.

A emenda americana faz parte do projeto de lei de despesas para operações no exterior entre 2006-2007 e deve ser discutida pelo Senado para que seja aprovada definitivamente. As transmissões da Televisão do Sul (Telesur), feitas via cabo, começaram sob a premissa de impulsionar a integração, resgatar a identidade regional e "lutar contra o imperialismo em qualquer de suas formas".

O canal, com 160 funcionários e um capital inicial de US$ 10 milhões, tem como sócios Venezuela (51%), Argentina (20%), Cuba (19%) e Uruguai (10%). "Lançamos a Telesur com a clara intenção de irromper na ordem midiática internacional. Contra o imperialismo cultural e o imperialismo em qualquer de suas expressões", afirmou o ministro venezuelano da Comunicação, Andrés Izarra, membro da direção do canal.

A Telesur foi concebida como um canal 24 horas, com uma cobertura que abrange América do Sul, América Central, Caribe, América do Norte, Europa Ocidental e Norte da África, através do satélite NSS 806.