EUA analisam proibir venda de produtos homeopáticos

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_159524" align="alignleft" width="369"] Para o FDA, os homeopáticos precisam comprovar a eficácia. Foto: pixabay.[/caption]

Os Estados Unidos anunciaram que vão barrar alguns produtos homeopáticos vendidos como medicamentos principalmente os indicados para doenças e condições graves que não conseguem comprovar sua eficácia.

Segundo o Food And Drug Administration (FDA), órgão que controla medicamentos no país, alguns produtos homeopáticos são comercializados para uma série de condições (do resfriado ao câncer) sem testes que comprovem sua eficácia.

Em nota, a FDA deu a explicação para a medida: "Em muitos casos, as pessoas estão depositando sua confiança e dinheiro em terapias que podem trazer pouco ou nenhum benefício na luta contra doenças graves. Nós respeitamos as pessoas que desejam utilizar tratamentos alternativos, mas temos a responsabilidade de proteger o público", explica.

A decisão ainda está sendo analisada para ver quais serão os produtos exatamente a serem retirados do mercado. Além dos usados para tratar doenças graves, também deverão ter circulação eliminada os que contêm ingredientes potencialmente nocivos.

O órgão explica ainda que, os produtos homeopáticos são preparados a partir de uma variedade de fontes, incluindo plantas, minerais, produtos químicos e excreções e secreções humanas e de animais, e por isso, requerem uma análise muito maior sobre sua procedência e eficácia.

Produtos com indicação pediátrica também estarão na mira do FDA, como os derivados da planta "belladona", que contém elementos tóxicos para o organismo. Produtos com a planta são indicados para doenças reumáticas. Ela também é usada no Parkinson, na asma e como calmante.

Os produtos homeopáticos rendem bilhões ao mercado. Só na última década foram $3 bilhões. Normalmente vendidos em farmácias, lojas de varejo e on-line, o mercado cresceu e isso chamou atenção do órgão. “Os produtos podem trazer riscos à saúde -- e, por isso, uma regulamentação mais forte se faz necessária, diz a agência.