EUA concede guarda à mãe e Guga volta para o Brasil

Por Gazeta News

guga-cheyenne
[caption id="attachment_124049" align="alignleft" width="300"] Após audiência de 10 horas no Tennessee, justiça americana determinou que Guga volte ao Brasil. Foto: arquivo pessoal[/caption]

A Justiça do estado norte-americano do Tennessee determinou no fim da noite de quinta-feira, 8, que o menino Gustavo Gaskin, de 13 anos, retorne ao Brasil.

Guga viajou durante as férias de julho para passar 20 dias com o pai e dias depois não mantinha comunicação com a mãe e não retornou na data prevista.

A mãe de Guga, Cheyenne Menegassi, acusou o marido de sequestro internacional e denunciou o caso ao MPF e ao Ministério da Justiça no Brasil.

A audiência durou mais de 10 horas e a Justiça acabou por cancelar a guarda emergencial que o pai, Samuel Gaskin havia conseguido quando o menino chegou nos Estados Unidos, no final de junho.

Segundo a advogada de Cheyenne, Camila Ghozellini Carrieri, além dos pais, o menino também foi ouvido pelo juiz do caso.

"O Guga foi ouvido pelo juiz e parece que durou bastante o depoimento dele. Mas foi isso que no final fez dar certo", comentou a defesa.

O menino foi ouvido pelo juiz, separado dos pais, e a audiência terminou por volta das 10:30pm.

Ainda segundo a advogada, o adolescente já está com a mãe novamente, mas ainda não há previsão do retorno dos dois ao Brasil. "Ela já está providenciando a volta", disse Camila.

Até a manhã desta sexta-feira, 9, a representante do caso no Brasil não soube informar mais detalhes sobre as circunstâncias da decisão.

Brasil e EUA são signatários da Convenção de Haia, que prevê que a discussão da guarda ocorra no país onde mora o adolescente, no caso o Brasil.

O governo norte-americano enviou um comunicado à Justiça do Tennessee orientando que a convenção fosse respeitada.

O caso A professora Cheyenne Menegassi acusava o ex-marido de sequestro internacional do filho, logo depois que Gustavo Gaskin chegou aos EUA, no dia 27 de junho. Samuel Gaskin conseguiu um documento na Justiça americana que dava a ele a guarda emergencial.

O caso foi denunciado ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Ministério da Justiça.

Em um post em seu perfil no Facebook, Cheyenne contou que o filho viajou com autorização judicial e levou um tablet e um celular para manter contato com a família.

Após 20 dias de tentativas frustradas de falar com o menino e com o pai dele, Cheyenne descobriu por meio de parentes de Samuel nos EUA que, há três anos, o ex-companheiro vive em isolamento com a mãe dele em uma fazenda, e que se tornou uma pessoa agressiva.

Dias depois, ao receber uma mensagem de Samuel avisando que Gustavo não voltaria mais, Cheyenne, finalmente, conseguiu falar com o ex-marido e o filho. Segundo ela, as conversas eram sempre monitoradas.