EUA: Congressistas aprovam redução de impostos de US$ 70 bi

Por Gazeta Admininstrator

O Congresso norte-americano aprovou nesta quinta-feira(11) a prorrogação por 2 anos de um corte de impostos sugerido pela Casa Branca num total de US$ 70 bilhões e que, de acordo com a oposição, beneficia somente aos norte-americanos que tenham alta renda.

Os republicanos fizeram valer sua maioria no Senado para vencer a votação por 54 votos a 44.

A nova lei, que reduz a carga fiscal, principalmente dos investidores, já tinha sido referendada ontem na Câmara dos Representantes.

Para que possa entrar em vigor, ainda é necessário que o presidente norte-americano, George W. Bush, sancione a lei, o que deve fazer imediatamente.

A aprovação da prorrogação é uma boa informação para Bush, em um período em que sua popularidade é de pouco mais de 30%.

A redução de impostos é uma das peças centrais na política fiscal do presidente, que sempre considerou essa medida um meio necessário para enfrentar o alto déficit em seu país.

Bush conseguiu levar adiante poucas propostas no Congresso desde que seu projeto de reforma do sistema previdenciário não foi aprovado em 2005.

Os democratas não demoraram a criticar o novo corte de impostos, que deixa de fora várias das emendas que o Senado levou em consideração a princípio.

"As famílias trabalhadoras foram excluídas. O Congresso optou pelas inclinações ideológicas em vez das necessidades dos EUA", disse Max Baucua, senador democrata por Montana.

Uma das propostas que no final descartaram foi a de aumentar as taxas a serem pagas pelas grandes petrolíferas.

O senador democrata da cidade de Nova York Charles Schumer avaliou que os US$ 5,1 bilhões que se previa arrecadar com este aumento teriam servido para pagar bolsas de estudos e outras subvenções para pesquisa.

Esta medida deve se tornar uma das principais armas eleitorais que tanto republicanos como democratas pensam em usar diante das eleições legislativas em novembro deste ano.

Bush e os republicanos crêem que o corte servirá para aquecer a economia, enquanto os democratas acham que a norma se voltará contra os que a apoiaram.

A lei "ajudará às pessoas, e isso ajudará nossos candidatos", disse Jon Kyl, senador republicano pelo Arizona.

A medida estende, até o final de 2010, uma taxa de 15% sobre dividendos e lucro de capital que deveria terminar em 2008.

Além disso, a lei estende durante este ano uma redução de impostos que afeta as famílias de classe média, e também prorroga o alívio tributário sobre as companhias financeiras.