EUA criticam Brasil por "ausência" no combate às drogas

Por Gazeta Admininstrator

Ao contrário dos Estados Unidos, o Brasil não aderiu ao chamado Grupo de Amigos da América Central, por meio do qual os países europeus, os Estados Unidos e o Canadá tentam articular uma estratégia conjunta para acabar com as gangues e o tráfico de drogas. Os Estados Unidos emitiram duas discretas queixas sobre essa ausência do Brasil nos esforços de combate ao narcotráfico e à violência na América Central e na África Ocidental. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

O Brasil igualmente se mostra omisso na iniciativa dos Estados Unidos de cooperar nessas áreas com países da África Ocidental - o destino primário da cocaína transportada pelo território brasileiro.

“A maioria da droga que passa pelo Brasil vai à África Ocidental e, eventualmente, à Europa. Isso pode mudar no futuro. O narcotráfico é bom comerciante e sempre está pronto a buscar uma oportunidade”, afirmou o embaixador William Brownfield, secretário-assistente de Estado para o Escritório Internacional de Narcóticos dos Estados Unidos, referindo-se à possibilidade de a droga alcançar o mercado norte-americano. “Para evitar isso, será preciso uma boa colaboração entre os governos do Brasil, dos Estados Unidos e de outros países”, completou o embaixador.

Segundo o embaixador Brownfield, sem a participação “direta, entusiasmada e positiva” do governo brasileiro, os Estados Unidos e a África Ocidental não terão sucesso em sua iniciativa conjunta na área da segurança cidadã, que envolverá especialmente o combate ao narcotráfico.

O acordo está em fase inicial de negociação. O Brasil, por enquanto, não participa dessas conversas. No caso da América Central, a omissão brasileira também é percebida com reservas pelo governo americano.

Em setembro do ano passado, em paralelo à sessão de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, houve uma reunião dos países amigos da América Central, com a adesão de novos membros. O governo brasileiro, apesar do seu ativismo em questões latino-americanas, preferiu não participar.

“O Brasil tem excelente relação com países centro-americanos e com os Estados Unidos. Se quiser apostar nessa iniciativa, será bem-vindo”, afirmou ontem Arturo Valenzuela, secretário-assistente de Estado para o Hemisfério Ocidental.

Queda - Valenzuela e Brownfield insistiram no fato de o consumo nos Estados Unidos ter caído em 50% nos últimos dez anos, em paralelo ao aumento da demanda pela droga no Brasil e na Argentina.
“Temos aí uma frente bem diferente para a cooperação”, completou o secretário Arturo Valenzuela.

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