EUA detêm duas adolescentes por suposto plano terrorista

Duas adolescentes estrangeiras de 16 anos foram detidas em Nova York e são acusadas de violar as leis de imigração porque o FBI (polícia federal dos EUA) sustenta que as duas planejavam um atentado suicida.

A informação foi dada nesta quinta-feira pelo jornal "The New York Times", que cita um documento do governo.

Um porta-voz de suas famílias disse que a suspeita é falsa e que se deve provavelmente a uma interpretação errônea de um trabalho escolar de uma delas.

As jovens, uma da Guiné Equatorial e outra de Bangladesh, que se encontram de maneira ilegal nos Estados Unidos, foram detidas no dia 24 de março e uma já compareceu a uma autoridade de imigração no dia 1º de abril.

O documento governamental, citado pelo jornal, afirma que o FBI considera que as meninas representam uma ameaça iminente à segurança dos EUA, baseando-se em evidências de que planejavam se converter em terroristas suicidas.

Um responsável do FBI e um outro alto funcionário de Nova York, sob anonimato, expressaram suas dúvidas sobre a acusação e o primeiro deles disse que não havia provas de que o suposto complô estivesse em marcha.

A menina de Guiné Equatorial entrou no país com sua família em 1990 com visto de turista e vive com seus pais e quatro irmãos, que são cidadãos americanos.

A adolescente de Bangladesh entrou no país em 1994 e sua mãe pediu asilo sem êxito. Dois de seus três irmãos nasceram nos Estados Unidos.

De acordo com o jornal, os pais da menina de Bangladesh poderiam ter desencadeado a investigação quando foram à polícia para denunciar que a filha desafiava sua autoridade.

O conflito entre pais e filha foi resolvido, mas, quando eles foram retirar a queixa, a investigação já tinha começado e a polícia pedira o computador e vários trabalhos escolares da adolescente.

Um desses trabalhos falava sobre suicídio, apesar de a família e a menina afirmarem que a tese é contrária aos ensinamentos da lei islâmica.

Não ficou clara a relação entre as duas jovens.