EUA e China iniciam negociações sobre exportações têxteis

Por Gazeta Admininstrator

Autoridades do Departamento de Comércio dos Estados Unidos começaram nesta terça-feira negociações importantes com o governo chinês, numa tentativa de limitar as exportações de roupas da China.
Trata-se da mais nova iniciativa em busca de um acordo sobre como controlar as vendas de produtos chineses em solo americano.

Houve um grande aumento nas importações desde o começo deste ano, quando foram abolidas as quotas que regulamentavam o mercado internacional de produtos têxteis.

Ao mesmo tempo em que negocia com Washington, a China já tem discutido com a União Européia formas de solucionar uma disputa comercial no mesmo setor.

Roupas no porto

Pequim quer evitar que se repita com os Estados Unidos os desentendimentos que teve com os europeus, que têm prejudicado a relação do país com o bloco.

Milhares de peças de roupas chinesas que tinham como destino os países da Europa ficaram retidos nos portos do velho continente após a China ter ultrapassado quotas comerciais estabelecidas em junho.

Assim como os europeus, os Estados Unidos estão preocupados com o impacto sobre a sua própria indústria têxtil causado por importações baratas chinesas.

Fabricantes de roupas americanos pressionam o governo a adotar medidas restritivas, sob o risco do corte de milhares de empregos em empresas do país.

O administração do presidente George W. Bush já impôs quotas em importações de algumas peças, como camisetas, calças de algodão e roupas íntimas. Estuda agora restrições às calças de lã, vestidos, sutiãs e malhas.

Especialistas no assunto acreditam que os dois países têm interesse em chegar a uma solução antes que o presidente chinês, Hu Jintao, inicie uma visita aos Estados Unidos, na próxima semana.

Segundo estimativas, as vendas de roupas "Made in China" aos Estados Unidos devem crescer em 60% com relação aos US$ 15 bilhões exportados no ano passado.