EUA e Venezuela dizem que é preciso trabalhar relação

Por Gazeta Admininstrator

Os governos de Venezuela e EUA concordaram que é preciso trabalhar os aspectos sensíveis da relação bilateral, segundo um comunicado divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério das Relações Exteriores da Venezuela.

O governo venezuelano se refere ao resultado de uma reunião não anunciada previamente entre o ministro de Exteriores, Alí Rodríguez, e o embaixador dos EUA na Venezuela, William Bronwfield, realizada ontem, quinta-feira, em Caracas.

"Falamos sobre assuntos de mútuo interesse. Acreditamos que existem aspectos sensíveis que é preciso ir trabalhando, pouco a pouco, para alcançar as melhores relações possíveis", afirma a nota oficial.

"Ficou acerto avançar em um conjunto de aspectos práticos de pleno acordo entre os dois países, como as matérias energética e a luta contra o narcotráfico e o terrorismo", acrescentou.

"O ministro destacou que o encontro também serviu para estabelecer mecanismos de comunicação e consulta para alcançar as melhores relações possíveis", informou.

Na véspera da reunião, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou que seu governo queria acertar as relações com os EUA e falou da necessidade que ambos os países têm de cuidar dos assuntos bilaterais.

"Queremos acertar nossas relações com os EUA, queremos continuar lhes enviando todos os dias 1,5 milhão de barris de petróleo, queremos continuar fazendo negócios com esse país", declarou Chávez.

Chávez afirmou que sua reiterada ameaça de suspender o fornecimento de petróleo aos EUA se deve à possível concretização de uma invasão da Venezuela e do assassinato dele que "setores demoníacos americanos" teriam em mente.

"Vemos com bons olhos a forma como a secretária de Estado (dos EUA, Condoleezza Rice) disse no México que a Venezuela é um país democrático. Tomara que não volte atrás e diga que sou uma ameaça", acrescentou o presidente.

"Não podemos resolver problemas sem nos comunicar", disse em 11 de abril o embaixador, que afirmou que não tinha tido contado com o ministro de Defesa e outras autoridades da Venezuela.

"Tomara que possamos mudar isso. É responsabilidade minha oferecer esse diálogo e o continuarei oferecendo, porque é importante eliminar confusões, incertezas e a falta de informações sobre as atividades de ambos os ministérios de Defesa e das Forças Armadas", destacou o embaixador.

Brownfield disse que essa "falta de comunicação" foi o que gerou a confusão por causa da presença de um porta-aviões de seu país em frente à ilha de Curaçao, perto da costa da Venezuela.

"A coisa que mais lamento disto é a falta de comunicação entre as Forças Armadas da Venezuela e dos EUA", declarou sobre um assunto que Chávez disse ser uma "nova provocação". EFE emr dg/aln POL:POLITICA,DEFESA ECO:ECONOMIA,AREAS-EMPRESAS,ENERGIA-MINERACAO