EUA emite alerta para vacinação contra febre amarela antes de viagem ao Brasil

Por Gazeta News

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O Center of Disease Control (Centro de Controle de Doenças), órgão de saúde americano, emitiu um alerta para os cidadãos americanos que pretendem viajar ao Brasil com relação ao surto de febre amarela no país.

A doença aparece na escala intermediária da tabela de "precauções avançadas", mas não sugere o cancelamento de viagens, apenas orienta americanos interessados em viajar para o Brasil para buscarem vacinação prévia.

Em seu site, o CDC destaca que o surto teve início em dezembro de 2016 e afeta principalmente áreas rurais, sendo a maioria dos casos registrada em Minas Gerais, alguns resultaram em morte.

O alerta aponta que qualquer pessoa com nove meses ou mais que viaje para áreas com risco de contaminação deve ser vacinada.

Segundo a recomendação do CDC, uma dose de reforço pode ser dada aos viajantes que receberam a última dose da vacina há mais de 10 anos e que tenham como destino áreas de "alto risco" e "áreas com surtos em curso", como Minas Gerais, Espírito Santo e partes dos estados da Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro.

A orientação do CDC também se estende para outras doenças comuns em algumas regiões do Brasil, como hepatite, malária e febre tifoide, e pede que viajantes procurem a vacina antes da viagem.

Surto de febre amarela

Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, a área considerada de maior risco da doença abrange 185 municípios no leste mineiro, onde vivem cerca de 2,9 milhões de pessoas.

Em 2016, segundo o órgão brasileiro, a cobertura vacinal nessa região era de 48% e já foram aplicadas 1.254.399 doses nas áreas de risco de Minas Gerais apenas no mês de janeiro.

Entre as maiores cidades mineiras atingidas, estão Diamantina, Coronel Fabriciano, Teófilo Otoni, Governador Valadares e Manhumirim. Até quinta-feira, dia 2, o estado tinha 802 casos notificados de febre amarela em 65 municípios, incluindo 134 ocorrências confirmadas.

Também denominadabarbarose, a febre amarela é uma desordem infecciosa, que tem como agente etiológico um flavivírus, transmitido por um mosquito contaminado. O principal transmissor do vírus em áreas silvestres é o mosquito do gêneroHaemagogus, enquanto na área urbana, o principal transmissor é o mosquito do gêneroAedes, tanto oAedes aegypti, quanto oAedes albopictus.