EUA: entre abril e maio a gasolina deve subir.

Por Gazeta Admininstrator

Segundo dados oferecidos, no começo dessa semana, pelo Departamento de Energia dos EUA, o preço da gasolina subirá nos próximos meses. Esse aumento deve ocorrer entre os meses de abril e setembro deste ano. Dessa forma, a gasolina poderá atingir US$ 2,62, pouco mais de 9% acima do registrado no mesmo período do ano passado.

Na última semana, o galão (3,785 litros) de gasolina chegou a custar US$ 2,68. O aumento da demanda e os preços do petróleo são alguns dos fatores que devem manter os preços altos neste ano, de acordo com departamento.

Mesmo assim, os altos não devem conter as vendas do combustível no período, que inclui as temporadas de verão e de férias escolares nos EUA, quando o consumo aumento enormemente. A perspectiva de consumo diário é cerca de 9,4 milhões de barris, 1,5% acima do registrado no mesmo período de 2005, diz os dados fornecidos pelo departamento.

O preço pode até mesmo recuar aos US$ 3,07, como em setembro do ano passado, após a passagem dos furacões Katrina e Rita pelo sul dos EUA.

O petróleo é o principal agente das atuais pressões sobre o preço da gasolina: o barril chegou US$ 69, afetado pelos temores dos investidores quanto às incertezas políticas em países fornecedores, como Irã,que enfrenta uma crise devida ao seu programa nuclear, e Nigéria,onde as instalações da Shell sofreram ataques de grupos armados nas últimas semanas.

Outro agente que deve afetar o estoque norte-eamericano de gasolina é o fim da adição de MTBE (componente altamente poluente usado no combustível), a partir de 5 de maio. Segundo a EIA, serão necessários cerca de 130 mil barris de etanol para substituir o MTBE, o que pode afetar os preços.

A alta do combustível preocupa os analistas porque, com a gasolina mais cara, os consumidores norte-americanos deverão gastar mais para abastecer seus carros, o que reduz a renda disponível para a aquisição de bens. O valor do combustível também acaba por afetar a inflação, o que poderia levar o Federal Reserve (Fed, o BC americano) a prosseguir em sua política de altas de juros. O efeito poderia ser uma desaceleração da economia do país.