EUA fazem advertência contra plano de expansão de colônias judaicas

Por Gazeta Admininstrator

O primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, enfrentou nesta segunda-feira uma advertência do governo dos Estados Unidos, contra a expansão das colônias na Cisjordânia.

Há uma semana, o presidente americano, George W. Bush havia feito o pedido para que os israelenses não levassem adiante o plano de expansão da colônia Maaleh Adumin, na Cisjordânia. O projeto prevê a interligação da colônia com Jerusalém Oriental, isolando a cidade do resto do território, que também abriga importantes cidades palestinas.

"Vamos procurar esclarecer esse assunto com o governo de Israel", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, nesta segunda-feira. "O governo israelense não deve expandir os assentamentos".

Na semana passada, Sharon teve um encontro com Bush no rancho do presidente americano, localizado no Texas. Durante a reunião, o primeiro-ministro reafirmou seu compromisso com o plano de paz idealizado pelo Quarteto [EUA, União Européia, Rússia e ONU], que prevê a criação de um Estado palestino e o congelamento de qualquer construção israelense em colônias localizadas em Gaza e na Cisjordânia.

McClellan afirmou que o governo israelense deve "interromper" a expansão das colônias e que os palestinos precisam "acabar com as organizações terroristas".

Atraso

A Casa Branca também reiterou que Bush dará todo o apoio à retirada das 21 colônias judaicas de Gaza, além do deslocamento de colonos de outros quatro pontos na Cisjordânia.

O início da retirada estava previsto para acontecer em julho, mas o governo israelense anunciou nesta segunda-feira que o movimento deve ser iniciado em agosto.

A mudança de data teria por objetivo fazer com que a retirada não coincida com um período de luto para os judeus, que marca a destruição de dois templos bíblicos em Jerusalém.

"Existe uma clara maioria a favor da retirada, mas existe uma minoria que faz muito barulho, protestos. Não é simples", disse o vice-primeiro-ministro israelense, Shimon Peres, nesta segunda-feira. "Os líderes militares estão a favor da retirada e aprovam a política do governo sem nenhuma reserva."